Após fazer um gesto de apoio em relação à Boeing há dois anos, quando assinou uma Carta de Intenção para encomendar 200 737 MAX, o Grupo IAG mudou de estratégia e está negociando não apenas com a empresa dos EUA como também a Airbus para um pedido de aviões de corredor único.
A encomenda, no entanto, deverá ser bem menor, de pouco mais de 50 aeronaves, disseram fontes para a Reuters.
O pré-acordo no valor de US$ 24 bilhões com a Boeing, assinado durante o Paris Airshow de 2019, acabou perdendo validade em meio aos problemas surgidos com a pandemia do Covid-19.
Desde então, o IAG trocou seu chefão Willie Walsh pelo espanhol Luis Gallego, que voltou ao mercado para negociar um acordo mais favorável para o grupo, que controla a British Airways, Iberia, Vueling e Aer Lingus.
O IAG possui uma frota de 590 aeronaves, a grande maioria fornecida pela Airbus. Somente a família A320 possui 362 jatos distribuídos pelas várias companhias aéreas do grupo.
A maior parte desses aviões possui uma idade bastante alta, o que se traduz em custos operacionais e de manutenção mais elevados.
A British Airways, por exemplo, já teve uma grande quantidade de jatos 737 no passado, mas retirou de serviço os últimos aviões entre 2014 e 2015. A escolha pela Boeing seria oportuna já que há excedentes de produção da série MAX após vários clientes desistirem do modelo.
Já a opção pela Airbus, tecnicamente mais atraente, envolve negociar a substituição de encomendas pendentes e opções já que a fila de espera por novas aeronaves da família Neo é bastante grande.
Apesar de planejar um acordo há tempos, o IAG só deverá precisar de novos aviões a partir de 2024, segundo seu diretor financeiro.