O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovou nesta semana a venda de caças Lockheed Martin F-35 à Polônia. O pedido do país europeu abrange 32 aeronaves da variante F-35A, de pouso e decolagem convencionais, avaliadas em US$ 6,5 bilhões.
“Esta venda proposta de F-35 fornecerá à Polônia uma capacidade de defesa credível para impedir a agressão na região e garantir a interoperabilidade com as forças dos EUA”, diz o anúncio da Agência de Cooperação em Segurança de Defesa dos EUA.
A Polônia enviou formalmente seu pedido para adquirir os F-35 em maio, com o objetivo de substituir seus antigos caças MiG-29 e Su-22 de fabricação russa. A aquisição do avião norte-americano faz parte de um esforço mais amplo de modernização da defesa de Varsóvia, que permitirá que o país gaste US$ 47 bilhões até 2026 em novos equipamentos militares.
A Polônia tem aumentado constantemente seus gastos com defesa, em parte devido às preocupações de Varsóvia sobre a Rússia após a incursão militar de Moscou na região da Crimeia, que antes fazia parte do território da Ucrânia.
Juntamente com os caças, o pacote proposto inclui 33 motores F135 da Pratt & Whitney, equipamentos de guerra eletrônica, acesso ao Sistema de Informações Autonômicas de Logística do caça, um treinador de missão completo e outros recursos de suporte.
O acordo também incluirá alguma forma de compensação industrial que ainda será negociada entre as empresas e o governo polonês em uma data posterior.
“Uma vez que as empresas polonesas sejam aprovadas como nossos parceiros fornecedores, elas poderão fabricar peças não apenas para as aeronaves polonesas, mas também para as fornecidas a outros países, como os EUA ou o Japão”, disse Greg Ulmer, vice-presidente da Lockheed Martin e gerente geral do programa F-35.
Outras nações aliadas dos EUA que participam do projeto são a Itália, Japão, Noruega, Holanda, Reino Unido, Coreia do Sul e Israel. Bélgica e Dinamarca também vão comprar a aeronave.
A Turquia, que participou do desenvolvimento do jato, recentemente foi expulsa pelos EUA do programa e não poderá mais comprar a aeronave. A decisão foi uma retaliação ao turcos, que compraram o sistema de mísseis de defesa aérea S-400 fabricados na Rússia.