Está em curso na cidade de Belo Horizonte (MG) uma campanha de testes para aprovar o uso de drone no transporte de amostras biológicas para exames. O processo é iniciativa da rede de laboratórios Grupo Pardini, que planeja criar uma “ponte aérea” de drones entre os hospitais Hermes Pardino e Instituto Orizonti na capital mineira.
O projeto é realizado em parceria com a Speedbird Aero, startup que já desenvolveu uma série de drones dedicados a serviços de entregas, incluindo até delivery de comida. O primeiro voo de teste com o Grupo Pardini foi realizado em dezembro de 2020, quando a companhia entrou com o pedido de registro da aeronave e autorização de voo na Agência Nacional de Aviação Civil.
A expectativa é que todo o processo de certificação do “drone hospitar” com os órgãos oficiais seja concluído em menos de seis meses. Além da aprovação da ANAC, o serviço também precisa passar pelo aval do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), bem como Vigilâncias Sanitárias Estaduais e Municipais. A expectativa é que todo o processo seja concluído até o final deste ano.
A rota aérea entre os hospitais onde os drones serão utilizados dura em torno de seis minutos. De carro, esse percurso leva entre 20 e 30 minutos, diz o Grupo Pardini. O drone usado nas provas pode transportar um pequeno recipiente com até 8 kg de carga.
Para o diretor assistencial do Instituto Orizonti, Dr. Estêvão Albuquerque, a área de saúde hoje é a que mais demanda inovação. “O transporte não tripulado de exames traz um grande impacto para toda a cadeia de saúde, diminui tempo, facilita deslocamento, otimiza recursos. Oferecer aos nossos pacientes essa possibilidade certamente é um diferencial na prestação do serviço médico-hospitalar”, comentou.
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