O impressionante acidente com o E190 da Azerbaijan Airlines na manhã do Natal, 25, é um fato raro na história da família E-Jet, da Embraer.
Aeronaves regionais com capacidade para transportar de 70 a 120 passageiros, elas estão em serviço há pouco mais de 20 anos, com mais de 1.800 jatos entregues, incluindo 135 da família E2.
Nesse tempo, apenas dois aviões foram perdidos em acidentes com vítimas, um em 2010 e outro em 2013. A queda de ambos envolveu um erro humano e um ato intencional.
Em agosto de 2010, um E190 da Henan Airlines fazia o voo 8387 entre Harbin e o Aeroporto Yichun Lindu quando caiu a menos de mil metros da pista.
As investigações apontaram que o comandante da aeronave manteve a aproximação para pouso mesmo com visibilidade de 2.800 m, bem abaixo do mínimo de 3.600 m.
A aeronave acabou se chocando com o solo e vitimando 44 dos 96 ocupantes.
Pouco mais de três anos depois, em novembro de 2013, outro E190, da Linhas Aéreas de Moçambique, caiu no Parque Nacional Bwabwata, na Namíbia, matando as 33 pessoas a bordo.
O avião havia decolado de Maputo com destino à Luanda no voo TM470 quando o co-piloto deixou a cabine para ir ao lavatório. O comandante então trancou a porta e iniciou uma descida até o choque com o terreno.
Alguns outros E-Jets foram destruídos, mas em situações em que todos os ocupantes sobreviveram como em julho de 2007 quando um E190 da Aero República deslizou por um barranco na lateral da pista.
Em setembro de 2011, mais um E190, nesse caso da estatal TAME, do Equador, saiu da pista em Quito. Das 103 pessoas a bordo, apenas 11 tiveram sofrimentos leves.