A companhia aérea australiana Qantas planeja anunciar nos próximos dias um acordo de aquisição de jatos de nova geração para substituírem os Boeing 717 e Fokker 100 operados pela subsidiária QantasLink, afirmou a Reuters, citando fontes.
Entre os concorrentes estão o Airbus A220 e o Embraer E195-E2, além do Boeing 737 MAX 7, um jato maior, porém, menos eficiente que seus rivais.
Atualmente, a QantasLink, uma divisão de voos regionais, possui 20 Boeing 717 e 17 Fokker 100 em sua frota, em complemento aos onze A320 e 50 turboélices Dash 8.
Além da encomenda no segmento regional, a companhia aérea também estaria estudando uma aeronave para o lugar dos Boeing 737-800, nesse caso operados pela própria Qantas. A Boeing e a Airbus disputam esse pedido, como era de se esperar.
O acordo pode atingir uma quantidade de 100 aeronaves incluindo opções, dizem fontes da agência.
A Qantas foi fortemente afetada pela pandemia do coronavírus, já que o governo da Austrália restringiu de forma bastante intensa o tráfego aéreo no país, sobretudo internacional. A empresa deve voltar a realizar voos de longa distância apenas em novembro.
Em tese, um pacote com Boeing e sobretudo com a Airbus pareça ser uma possibilidade mais concreta. Enquanto os americanos poderiam fornecer modelos Max 7 e 8, bastante semelhantes aos aviões da série NG, a fabricante europeia tem na dupla A220/A320neo fortes candidatos.
A Embraer, por outro lado, conta com ao menos um fator favorável. A Qantas passou a realizar recentemente vários voos domésticos com jatos E190 da parceira Alliance Airlines por meio de leasing operacional.
Com capacidade mais adequada à atual demanda, os E-Jets de primeira geração têm sido usados sobretudo no lugar dos Boeing 737. As fabricantes foram consultadas pela agência de notícias mas preferiram não comentar.