A EADS propôs fornecer o A330 para os clientes do A400M como
paliativo para reparar os adiamentos da entrega da nova aeronave de
transporte, segundo revelou o chefe executivo da empresa européia
Louis Gallois.
Gallois disse que é um “paliativo” sugerido pela EADS que envolve
uma mistura de A330 e “outras aeronaves”, ao qual o executivo não
especificou.
O executivo da EADS salienta que o A330
pode ser configurado para logística e está pronto para entrega ao
Reino Unido para o seu programa Future Strategic Tanker Aircraft.
Falando em 12 de janeiro, o secretário de defesa John Hutton
insistiu que o Reino Unido pode não aceitar os três ou quatro anos
de atrasos na entrega de seus 25 A400M, que precisariam substituir
os transportadores Lockheed Martin C-130K.
Respondendo esse discurso em 13 de janeiro, Gallois admitiu que entende a frustração de Hutton e que compartilha esse sentimento. O executivo da EADS disse que está em “intensa discussão” com as nações lançadoras do programa, e que com o Reino Unido está “totalmente envolvido”.
Gallois atribui o grande atraso no projeto a “completa subavaliação da natureza do programa” o que não deve ser atribuído a EADS e sim a fornecedores e clientes. A EADS está agora procurando negociar o contrato e reconhece “a natureza militar do programa”, e os riscos envolvidos. Gallois descreveu o transportador como uma “aeronave militar com total capacidade militar”, e acrescentou que é tão complexo como uma caça Rafale ou um Eurofighter. O chefe executivo da EADS insiste que não está “procurando se desculpar” mas concorda que a EADS “tem grande parte da responsabilidade subavaliação”, mas que não está “sozinha” nisso.