Elon Musk publicou nesta quarta-feira (23), em sua conta no Instagram, a primeira foto oficial do traje espacial da SpaceX. Segundo o bilionário a frente da empreitada, a vestimenta, apesar do aspecto futurista, não é um mocape e “realmente funciona”.
Pela rede social, Musk ainda afirmou que foi “incrivelmente difícil” equilibrar os aspectos estéticos e funcionais do traje pressurizado. A roupa também já foi testada em pressão de vácuo duplo. O empresário prometeu revelar mais detalhes sobre a roupa nos próximos dias.
A Musk não especificou, mas as vestimentas da SpaceX devem ser usadas pelos astronautas quando se deslocam dentro da nave Dragon V2, ainda em fase de desenvolvimento. Eles são trajes de pressão, então eles não são destinados a caminhadas espaciais, mas são usados por astronautas durante o transporte caso a cápsula despressurize.
O design da roupa é muito elegante e remete aos trajes que aparecem em filmes de ficção científica, além de parecer mais prático comparado aos desengonçados trajes da NASA.
A cápsula Dragon já foi testada duas vezes no espaço, porém ainda sem tripulantes. No primeiro ensaio, em 2010, o veículo completou duas órbitas ao redor da Terra e retornou pousando no Oceano Pacífico. Essa foi a primeira vez na história que uma espaçonave privada atingiu a órbita e foi trazida de volta para a superfície.
Já no segundo voo, lançado em 2014, foi realizado o acoplamento da cápsula à Estação Espacial Internacional (ISS), que orbita a 385 quilômetros da Terra. Como já anunciou Elon Musk, o primeiro teste da nave com astronautas, rumo a ISS, está programado para 2018.
Exploração espacial privatizada
A NASA encerrou no fim de 2011, após três décadas, o seu programa de viagens espaciais e a empresa SpaceX, recebeu um contrato de US$ 1,6 bilhão do programa de Serviços de Transportes de Órbita Comerciais (COTS) para a fabricação da cápsula Dragon e o lançamento de 12 missões de provisionamento da ISS.
A SpaceX também tem o objetivo de iniciar a colonização de Marte. O diretor da empresa já afirmou que será possível enviar um milhão de pessoas para o planeta vermelho até o final do século 21.
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