O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa, antecipou que a Azul Linhas Aéreas deverá anunciar um pedido de 13 jatos E195-E2 nesta sexta-feira, 26, durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Embraer.
Mas, segundo o jornal O Globo, a encomenda não seria nova e sim parte de um acordo de 2019.
A Azul opera atualmente 20 jatos E195-E2, com 136 assentos, mas tem um pedido de 51 aeronaves junto à Embraer e que até hoje não começou a ser entregue.
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Até aqui a companhia aérea brasileira tem recebido o novo jato por meio de leasing com várias arrendadoras como a Azorra, dos EUA.
Já o número de 13 E195-E2 foi citado pela Azul em seus relatórios financeiros como o total de aeronaves do tipo que serão entregues em 2024.
Mais jatos Embraer voando no Brasil
Lula tem dito em várias ocasiões que as empresas aéreas brasileiras deveriam encomendar mais jatos comerciais da Embraer, para estimular a produção nacional.
No entanto, apenas a Azul voa com os E-Jets, tendo no momento 43 E190 de primeira geração, além dos 20 E195-E2.
Há um E190-E2 com a Placar Linhas Aéreas, mas se trata de uma aeronave executiva para fretamento e que também transporta o time de futebol do Palmeiras durante partidas fora de São Paulo.
A opção pelas aeronaves da Embraer tem sido pontual no país. Se na década de 70, o governo militar determinou a criação de companhias aéreas regionais equipadas com o turboélice EMB-110 Bandeirante, depois disso apenas algumas empresas tornaram-se cliente da fabricante.
A Rio-Sul, subsidiária da Varig, voou com jatos ERJ-145 assim como o Passaredo, hoje VoePass. Antes disso, a Nordeste e a InterBrasil utilizaram os turboélices EMB-120, assim como outras pequenas companhias e táxi-aéreos.
Gol e LATAM, por sua vez, passam longe dos jatos da Embraer. A primeira segue a filosofia de frota única de Boeing 737 enquanto o grupo chileno não voa com aeroanves com menos 144 assentos.
Trata-se de um faixa de assentos onde o E195-E2 poderia atuar, porém, até hoje a LATAM não manifestou interesse real em encomendá-lo.
“Fazer média” com a classe política é prática comum por aqui. Pelo texto, essa “nova encomenda” nada mais é do que um pedido já feito pela Azul mas, para agradar a esses canalhas, anuncia-se como algo novo.