A Boeing confirmou neste domingo, 20, ter fechado um acordo de venda da Digital Receiver Technology, uma pequena subsidiária que produz equipamentos de vigilância, para a francesa Thales Defense & Security.
O comunicado ocorreu após reportagem do The Wall Street Journal revelar que a companhia dos EUA se prepara para se desfazer de outros negócios secundários para reduzir seu endividamento.
A Digital Receiver Technology fabrica equipamentos sem fio usados por serviços de inteligência e militares dos EUA. O valor do acordo não foi revelado.
Segundo o WSJ, o novo CEO da Boeing, Kelly Ortberg, pediu a chefes das unidades da companhia que apresentassem outras subsidiárias e divisões que poderiam ser vendidas.
A Boeing teve perdas de US$ 5 bilhões no terceiro trimestre, US$ 2 bilhões apenas com a divisão de Defesa e Espaço, cujo chefe-executivo foi substituído.
Greve piora situação
Desde 13 de setembro, cerca de 33.000 de seus 170.000 funcionários estão em greve, incluindo pessoal das fábricas de Renton e Everett, onde são produzidos os jatos comerciais 737, 767 e 777.
Eles podem um aumento salarial de 40% entre outros benefícios. No sábado, a Boeing e o sindicato da região acertaram uma proposta de aumento de 35% que será votada na próxima quarta-feira pelos funcionários.
Diante dos prejuízos crescentes, a Boeing revelou que irá demitir cerca de 10% de sua força de trabalho enquanto busca levantar US$ 35 bilhões para honrar seus compromissos financeiros para os próximos três anos.
Em meio à crise, agravada em janeiro após uma situação de emergência em voo com um 737 MAX 9 da Alaska Air, a fabricante teve que postergar a entrada em serviço do widebody 777X e confirmar a aposentadoria do cargueiro 767F em 2027.
Não foi a Boeing que comprou aquela empresa que fornece estruturas?