A Embraer entregou um total de 198 jatos em 2019, sendo 89 modelos comerciais e 109 executivos, de acordo com os dados consolidados sobre o ano passado divulgados pela fabricante nesta quarta-feira (19). Tal resultado representa um aumento de 9% comparado a 2018, quando a empresa entregou 181 aeronaves (90 jatos comerciais e 91 executivos).
No quarto trimestre de 2019 (4T19), a Embraer entregou 81 jatos, sendo 35 comerciais e 46 executivos. Em 31 de dezembro, a carteira de pedidos firmes a entregar totalizava US$ 16,8 bilhões. O volume de entregas alcançado no ano passado também acompanhou as estimativas da fabricante, que previa entregar de 85 a 95 jatos comerciais e de 90 a 110 jatos executivos.
Comparado ao backlog divulgado pela Embraer no terceiro trimestre do ano passado, o E190-E2 perdeu 17 pedidos firmes, caindo de 44 para 27 unidades encomendadas. Isso ocorreu por conta da mudança de planos das companhias de leasing ICBC e Aircastle, que trocaram seus pedidos pelo E195-E2, agora com 144 pedidos firmes (e 137 a entregar).
A fabricante ainda recebeu mais um pedido pelo E190 de primeira geração em 2019, totalizando agora quatro aviões a entregar, e zerou as encomendas pelo E195-E1. Já o “best-seller” da fabricante continua sendo o E175-E1, que até o final do ano passado somou 181 pedidos firmes a entregar.
A Embraer criou nos últimos dois anos o que ela chama de “linha de montagem híbrida” na fábrica em São José dos Campos (SP), onde é possível construir lado a lado os jatos comerciais das séries E1 e E2. No ano passado, a fabricante produziu 75 E-Jets da primeira geração (67 E175, 5 E190 e 3 E195) e 14 modelos da nova família (7 E190-E2 e 7 E195-E2).
Esse provavelmente foi o último relatório da Embraer na área de aviação comercial. Os próximos resultados da fabricante nesse campo devem ser divulgados por meio da joint venture Boeing Brasil – Commercial, na qual a Boeing terá o controle majoritário com 80% de participação (e a Embraer os 20% restantes). O acordo ainda precisa ser aprovado pela União Europeia, que deve divulgar seu parecer até o final de abril.
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O que fica difícil de entender é como a Embraer, recriou um projeto que não estava dentro das especificações para operação no mercado mais disputado e no segmento em que mais ela brilhou. Eles simplesmente detonaram a vida do E175E2. E pra quê? Surpreendente que a geração anterior do 175 foi a mais vendida e agora a geração E2 nem mesmo tem um único pedido.
Porém, nada disso tirará o mérito e o peso do nome Embraer. A engenharia aeronáutica do Brasil sempre será muito bem lembrada graças a ela!
Futuramente a Embraer irá deixar o ramo da aviação comercial?