Em meio à restrições orçamentárias, FAB quer comprar mais 30 caças Gripen

Comandante da Aeronáutica afirmou a jornal que meta é chegar a 66 aviões e descartou boatos sobre interesse no mais avançado Lockheed Martin F-35
(FAB)

Além de confirmar a decisão de cortar a encomenda de 28 jatos de carga KC-390, da Embraer, o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, admitiu que está negociando um pedido extra de 30 caças Gripen junto à Saab.

A afirmação foi feita à Folha de São Paulo, numa segunda parte da entrevista publicada na segunda-feira. “O planejamento baseado em capacidade nos leva hoje, pelas nossas hipóteses de emprego, a 66 aviões”, disse o militar.

A proposta ainda está na fase inicial diante da falta de recursos orçamentários. O programa Gripen, por exemplo, teve um custo de 39,3 bilhões de coroas suecas, cerca de R$ 22,5 bilhões em valores atuais.

O acordo original incluiu transferência de tecnologia, inclusive com uma parceria com a Embraer, que terá uma linha de montagem da variante de dois lugares do caça implantada em Gavião Peixoto.

Baptista Junior: menos recursos no KC-390 e mais no programa Gripen

Baptista Junior voltou a desmentir os boatos a respeito de um suposto interesse no caça Lockheed Martin F-35. “Isso é delírio”, garantiu.

O caça de 5ª geração dos EUA tem obtido várias vitórias em concorrências internacionais como na Suíça e Finlândia, derrotando concorrentes como o próprio Gripen.

O Comandante da Aeronáutica, entretanto, considerou injusto chamar o avião da Saab de 4ª geração por conta da sua arquitetura de software avançada.

Baptista Juniou confessou ainda uma certa decepção com o A-1 (AMX), caça desenvolvido pela Embraer em parceria com empresas italianas que hoje fazem parte do grupo Leonardo. “Nós sofremos com o AMX, pois muitas coisas feitas para ele só existiam aqui e na Itália”, afirmou – a aeronave foi adquirida pelo Brasil e Itália nos anos 80 em quantidade relativamente pequena.

Caça A-1AM: avião ítalo-brasileiro deu trabalho à Força Aérea, segundo Comandante (FAB)

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  1. Isso para mim tem dedo desse comandante da aeronáutica que está fazendo tudo pra azedar o relacionamento da Embraer com a FAB…Se querem diminuir o pedido do KC (trazendo problema pra empresa) porque anunciar outro lote do Gripen agora? E porque não esperar a fase de desenvolvimento do Gripen aqui no Brasil pra fazer esse pedido pra que a Embraer os fabrique??

  2. Olha a palavra incoerente do comandante que comprova a falta de postura técnica e má vontade com a Embraer: “Nós sofremos com o AMX, pois muitas coisas feitas para ele só existiam aqui e na Itália”… E com os caças Gripen vai ser diferente? Vai ter tudo na prateleira quando a FAB quiser? Todos componentes de aviões são quase todos de fora!! Todos países passam por isso, com exceção de poucos, justamente onde estão a maioria dos fabricantes dos componentes. Também concordo que há necessidade para mais aviões, mas não é isso que estou comentando aqui… É a flagrante má vontade e completa falta de justificativa pláusível do comandante da FAB nessa postura!

  3. Essa atitude de cancelar pedido do kc o que parece e o intenção de deixar a empresa em cutucão difícil e os americanos voltam a fazer um proposta para salvar a empresa e ferrar os braso

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