Poucas horas após a Qantas anunciar a intenção de fechar um grande acordo com a Airbus, a KLM revelou ter escolhido a família A320neo para renovar sua frota de curta distância assim como da subsidiária low-cost Transavia.
A companhia aérea holandesa assinou um Memorando de Entendimento com a fabricante europeia para um pedido firme de 100 jatos A320neo e A321neo (ainda sem detalhar quantidades específicas) além de 60 opções de compra.
As primeiras aeronaves serão entregues a partir do segundo semestre de 2023 e substituirão os Boeing 737-800 NG atualmente em serviço.
“A renovação da frota é um novo passo importante para a KLM em alcançar nossos objetivos em termos de sustentabilidade, experiência do cliente, conforto e eficiência. Estas novas aeronaves nos permitirão reduzir substancialmente as emissões de CO2 e os níveis de ruído. Investindo continuamente em nosso produto, podemos melhorar nossa eficiência e experiência do cliente”, disse o CEO da KLM Pieter Elbers.
A KLM já havia iniciado a renovação da sua frota por aeronaves mais econômicas ao fechar um contrato de leasing de 35 Embraer E195-E2 para sua subsidiária Cityhopper.
Com os aviões da família A320neo, a empresa aérea também reforçará a frota da Transavia, low-cost que atua na Holanda e na França.
Tanto no caso da Qantas quanto da KLM/Transavia, os A320neo e A321neo ocuparão o lugar de aviões da Boeing, até então clientes bastante tradicionais da fabricante dos EUA.
Embora tenha uma carteira de pedidos respeitável do 737 MAX, a Boeing tem sofrido muitas derrotas em concorrências, sobretudo por conta do A321neo, uma aeronave cujo desempenho não tem similar no portfólio da empresa norte-americana.
A Boeing pode colocar mais essa na conta dos executivos que a dirigiram entre 2008 e 2018 que, além de perderem antigos clientes ainda deram de “bandeja” o projeto C Series da Bombardier para a sua rival francesa (ela é mais francesa do que os outros países que fazem parte do pool), bagunçaram a engenharia e diminuíram a qualidade e eficiência de produção das aeronaves, preocupando-se tão somente em auferir lucros no mercado financeiro. Espera-se que com a nova direção a fabricante norte-americana volte a “entrar nos trilhos” com o conserto de partes do 787 agora em 2022, a certificação do 777-9 e lançamento de sua versão cargueira e, mais adiante, ofereça ao mercado uma nova aeronave de um corredor que possa superar o A321xlr que, mesmo modernizado, será inferior a uma aeronave projetada do zero. Por tabela, a Embraer irá perder mais esse cliente pois os E2 da KLM deverão ser devolvidos assim que seus contratos de leasing terminem sendo substituídos pelo novo “queridinho” do mercado, os antigos C Series.
De derrota em derrota, a Airbus vai destronar por completo a Boeing.
A realidade é só uma e quem costuma efetivamente andar de avião sabe: os Neo da Airbus são extremamente confortáveis e silenciosos, uma verdadeira revolução aeronáutica. Nenhum Boeing chega sequer a assemelhar-se.
Destronar por completo ? Pare de “viajar na maionese”. Os 737 Max são tão econômicos e silenciosos quanto os A320 neo. A maior vantagem das aeronaves francesas* é ser um produto mais confortável devido a maior largura de sua fuselagem e de ter uma arquitetura de comandos mais moderna (fly-by-wire).