Após somar apenas 16 jatos comerciais entregues até o terceiro trimestre do ano passado, a Embraer acelerou o passo na etapa final de 2020. Entre outubro e dezembro, a fabricante teria entregado cerca de 26 aeronaves aos seus clientes, segundo dados de frotas compilados pelo Planesportters e o Airfleets.
A Embraer ainda não confirma esse número. O resultado oficial de entregas de aeronaves comerciais (e executivas) referentes ao quarto trimestre (4T20) e o consolidado de 2020 será divulgado pela empresa nas próximas semanas.
Comparado aos resultados de anos anteriores, a quantidade de jatos comerciais entregues pela Embraer nos últimos três meses de 2020 (segundo as compilações do Planesportters e Airfleets) não teve grande discrepância, apesar da crise no setor aéreo em função da pandemia. No 4T19, por exemplo, a empresa entregou 35 E-Jets, no 4T18, 33 e, no 4T17, 23.
De acordo com os dados dos dois sites, a lista de aviões entregues pela Embraer no último trimestre do ano passado inclui 21 jatos E175, quatro E195-E2 e um E190-E2. Entre janeiro e setembro de 2020, a fabricante entregou 11 E175, um E190, três E190-E2 e um E195-E2, segundo relatórios oficiais da empresa.
Principal modelo de seu portfólio de E-Jets, o E175 teve várias entregas para companhias que prestam serviços para as três maiores empresas aéreas dos EUA. A Mesa Airlines, por exemplo, recebeu aeronaves que estão a serviço da United Express enquanto a Skywest, uma das maiores clientes da Embraer, utilizou os novos aviões para o serviço Delta Connection.
Muitas dessas unidades já estavam prontas na fábrica, mas haviam tido sua entrega postergada em meio à pandemia. Por isso, foi possível registrar situações curiosas como a entrega simultânea de quatro jatos para a Delta em 23 de dezembro e seis aviões para a United no dia 10 do mesmo mês.
Portanto, a Embraer pode ter encerrado 2020 com um total de 42 aviões comerciais entregues. Evidentemente, é um volume bem abaixo do registrado em outros anos: em 2019, a fabricante entregou 89 E-Jets de primeira e segunda geração.
Dos males, o menor
Diferentemente de Airbus e Boeing, que perderam muitas encomendas em 2020, a carteira de pedidos da Embraer não sofreu nenhum revés no ano passado, ao menos até a divulgação dos resultados do 3T20. Em vez disso, clientes da fabricante brasileira adiaram o recebimento de novas aeronaves para um momento mais propício.
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