A Embraer anunciou nesta semana durante a feira de aviação executiva Ebace, na Suíça, a escolha da tecnologia de banda Ka da Viasat para fornecer sistemas de internet via satélite de alta velocidade nos jatos executivos Legacy 450 e Legacy 500. Com essa novidade, a fabricante brasileira se tornou a primeira do mundo a oferecer esse tipo de sistema para jatos médios como item opcional a ser instalado ao longo do processo de produção das aeronaves.
O novo recurso estará disponível a partir do segundo trimestre de 2019 para novos compradores dos jatos. A Embraer também vai oferecer o sistema de internet de alta velocidade para clientes atuais, que poderão solicitar a instalação em centros de serviço da fabricante.
“Conectividade em voo é um item fundamental para a experiência do usuário na aviação executiva e nos orgulhamos em liderar a indústria com a chegada dessa solução”, disse Luciano Froes, vice-presidente sênior de marketing da Embraer Aviação Executiva. “Ao incorporar tecnologias inovadoras, padrões mais elevados de desempenho e ainda mais conforto para oferecer uma experiência superior de voo, estamos entregando valor real aos nossos clientes”.
De acordo com a Embraer, a princípio, a expectativa é de que a velocidade do sistema de conectividade fornecido chegue a 16Mbps com um potencial de aumento conforma a expansão da rede da Viasat com a introdução de satélites adicionais. Além do acesso à internet, o serviço também deve ganhar mais adiante transmissão de programas de TV em tempo real para entretenimento durante os voos.
Sistema diferente da aviação comercial
O sistema de conectividade com banda Ka que será aplicados nos jatos executivos da Embraer são diferentes dos já presentes em aviões de companhias que atuam na aviação comercial, que usam as bandas Ku e 2Ku (aviões da Gol e Avianca com acesso à internet usam a banda Ku).
A grande diferença entre os sistemas está na rede de satélites. Enquanto a banda Ka, uma tecnologia mais recente, conta com satélites próprios, a tecnologia Ku utiliza redes terceirizadas. Por conta disso, em trechos congestionados com aeronaves “conectadas”, a conexão Ka pode ser mais eficiente.
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