A Embraer está em busca de seu primeiro cliente na Europa para o turbo-hélice de ataque leve A-29 Super Tucano (EMB-314), revelou um executivo da empresa nesta semana ao site Jane’s 360.
Falando durante uma conferência de assuntos militares em Londres (SMi Close Air Support), Simon Johns, vice-presidente de vendas da Embraer na Europa e Norte da África, disse que o Super Tucano pode ser oferecido na Europa com armamentos fabricados no continente como uma alternativa de baixo custo para aviões a jato e helicópteros de ataque.
A Embraer sugeriu a Ucrânia como uma das nações que poderiam adquirir o Super Tucano, já que é um país que carece de financiamento para a compra de novas aeronaves de combate e encontraria do modelo brasileiro uma opção acessível e com um considerável poder de combate.
Para tornar o Super Tucano mais atrativo na Europa, a Embraer está oferecendo alguns aprimoramentos à aeronave. Como citou Johns, as mudanças “incluem a integração de munições antitanque, como o míssil Hellfire da Lockheed Martin, que já está no roteiro da aeronave, bem como foguetes guiados a laser”.
“Há cenários em que o Super Tucano, operando em um campo de batalha com um sistema de defesa aérea benigno ou semi-degradado no lado oposto, poderia realizar a missão de destruir tanques que foi largamente deixada para helicópteros de ataque até agora.”
Para cumprir esse tipo de missão, o Super Tucano agora possui um receptor de aviso de radar (que avisa quando o avião é detectado por um radar) e sistema de alerta de aproximação de missões desenvolvido para um ambiente de maior ameaça no teatro europeu.
Além do Brasil, o Super Tucano é empregado atualmente pelas forças aéreas de outros 12 países nas Américas, África, Ásia e Oriente Médio.
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