O presidente da Embraer Aviação Comercial, John Slattery, disse em entrevista nesta semana que a fabricante pretende conquistar os primeiros pedidos pelo E175-E2 de clientes fora dos EUA nos próximos meses.
“Minha equipe está trabalhando para garantir pedidos firmes no primeiro semestre deste ano fora dos EUA e temos um alto grau de confiança. Há muita demanda na Europa continental ocidental e no sudeste da Ásia e em outras jurisdições”, contou Slattery ao Flight Global.
O E175-E2 fez seu voo inaugural em 12 de dezembro de 2019, decolando a partir da fábrica da Embraer em São José dos Campos (SP). Embora apresente boas credenciais em sua categoria, o modelo é a única opção da família E2 que ainda não tem pedidos firmes.
A aviação regional dos EUA é o principal mercado para o E175-E2, mas o novo jato da Embraer está em desacordo com a legislação local. Os contratos de sindicatos de pilotos do país contêm uma cláusula que impede companhias regionais de operarem aviões com peso máximo acima de 39.000 kg. O novo E175-E2 que excede esse limite em quase 6.000 kg.
Enquanto as regras não são alteradas, Slattery ressaltou que a Embraer pode manter ativa a produção do E175 da primeira geração. “Pode continuar em produção para sempre, se for necessário. Temos uma linha híbrida em São José dos Campos, onde podemos montar o E175-E1 ao lado de variantes E2.”
O executivo da Embraer ainda afirmou que os testes de voo com a aeronave estão progredindo em “uma linha do tempo de dois anos para a certificação”.
“Fomos questionados por que (o primeiro voo do E175-E2) não foi um pouco mais rápido, dado o nosso histórico com a certificação do E195-E2 após o E190-E2. Mas este é um avião diferente, com asas diferentes, trem de pouso, empenagem e motores diferentes”, disse Slattery.
Ele também acrescentou que a Embraer deve realizar a primeira entrega do E175-E2 “entre o final de 2021 e o primeiro trimestre de 2022. Gostaria de entregar uma aeronave até dezembro de 2021.”
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Não entendi, quer dizer que a Embraer faz uma avião que não pode voar no principal mercado do mundo? Que absurdo!
As vezes eu me pego pensando, será que o E175-2 não seria viável para fazer rotas menores ou rotas regionais no Brasil?