A Embraer tem lidado com problemas na cadeia de fornecimento além de dificuldades com os motores GTF, da Pratt & Whitney, entre outros aspectos e que acabam impactando na produção de seus jatos comerciais.
Em 2023, a situação persistiu e pode ter pesado no ritmo de entregas das aeronaves.
A empresa revelará seus números finais de 2023 em 30 de janeiro, incluindo a carteira de pedidos do 4º trimestre, quando poderemos confirmar ou não se a meta de entregar ao menos 65 jatos foi atingida – o objetivo mais otimista seria de 70 aeronaves.
No entanto, segundo dados preliminares levantados por Airway, a Embraer pode ter entregue 62 aeronaves comerciais no ano passado, portanto, muito perto da meta estabelecida.
O montante se refere a jatos que realmente voaram para seus clientes, e por isso constam de registros de voo. Contudo, como é sabido, as fabricantes de aeronaves muitas vezes fazem entregas apenas em documentos mesmo que o cliente não leve seu avião consigo nesse dia.
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Por essa razão, não será surpresa se a Embraer tiver entregado oficialmente alguns jatos a mais, mas que continuam parados em suas instalações.
Mais E2 que E1 pela primeira vez
O que se pode afirmar é que ao menos 25 E175 e 37 E195-E2 foram entregues no ano passado. No quarto trimestre, a Embraer teria entregue sete E175 e 16 E195-E2, um volume menor que no mesmo intervalo de meses de 2022.
Foram entregues seis E195-E2 para a Azul Linhas Aéreas, quatro para a Binter Canarias, quatro para a KLM Cityhopper e 23 para a Porter Airlines, a maior operadora de jatos E2 do mundo.
Quanto aos E175, um E175 foi enviado para a Envoy (American), oito para a Horizon Air (Alaska), 13 para a Republic Airways (United), dois para a SkyWest (Delta) e um para a africana Overland Airways.
Ao menos dois E-Jets estavam muito perto de serem entregues no ano passado, um E190-E2 que seria operado pela Madagascar Airlines (arrendado da Azorra), mas cujo contrato foi rescindido, e um E195-E2 para a Royal Jordanian, o primeiro de sua encomenda.
Mesmo que tenha conseguido atingir a meta oficialmente, a Embraer ainda está um tanto distante dos tempos pré-Covid, quando a primeira geração de E-Jets possuía muitos pedidos.
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Em 2016, por exemplo, a Embraer entregou 108 jatos comerciais, 90 deles do E175, muito popular nos EUA.
Ao menos uma previsão a empresa brasileira já acertou: 2023 foi o primeiro ano em que os E2 superaram as entregas dos E1.