A Embraer fez um anúncio importante no Zhuhai Airshow, maior evento aeroespacial da China. A fabricante brasileira revelou que a CAAC, autoridade de aviação civil chinesa, certificou o jato E190-E2, que é capaz de transportar até 114 passageiros.
O marco ocorre quase cinco anos após o E190-E2 ter sido certificado nos EUA e na Europa e abre caminho para que a Embraer volte a obter pedidos no mercado chinês.
A empresa também afirmou que o E195-E2, versão para até 146 passageiros e que participa do show aéreo neste ano, deverá ser aprovado na China em breve.
“O E190-E2 e o E195-E2, respectivamente, com capacidade para 114 e 146 passageiros, oferecem capacidade complementar às aeronaves chinesas ARJ21 e C919. O E2 não apenas fornecerá o melhor desempenho operacional e a redução de emissões às companhias aéreas, mas também ajudará a acelerar a implantação do programa chinês ‘Essential Air Service’ para conectar mais cidades menores”, disse Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial.
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Com um programa ambicioso de produção de aeronaves comerciais locais, a China tem prolongado a homologação de aviões ocidentais. O rival da Embraer, o Airbus A220, por exemplo, até o momento não foi certificado no país, embora esteja em serviço no mundo desde 2016.
A autorização para voar na China é um passo importante para que a Embraer amplie as vendas da família E2, que é formada por três tipos, o bem sucedido E195-E2, o E190-E2 e o E175-E2, que está com seu desenvolvimento suspenso.
Até setembro, os E-Jets E2 acumulavam 274 pedidos firmes, mas apenas 20 eram do E190-E2. A aeronave ainda tem a difícil missão de concorrer com o ARJ21-700, um jato regional com 90 assentos produzido pela estatal COMAC.
Embora seja tecnicamente inferior e ainda não ter atingido um ritmo de produção elevado, o ARJ21 tem a seu favor as enormes encomendas direcionadas pelo governo chinês, que já garantiram a fabricação de ao menos 600 aeronaves para companhias aéreas do país.