A Embraer está longe dos níveis de produção e vendas de 2017, quando entregou 101 aeronaves comerciais a seus clientes. No ano seguinte, a família E2 estreou mas sem o mesmo brilho da primeira geração.
Francisco Gomes Neto, CEO da fabricante brasileira, no entanto, está otimista e acredita que chegou a hora do E190-E2 e do E195-E2, os dois modelos que oferecem de 110 a 146 assentos com uma economia muito superior aos seus antecessores.
Em entrevista à Aviation & Week concedida em maio durante um press media em Portugal, o executivo-chefe da Embraer culpou a escassez de pilotos nos EUA pela queda na demanda de aeronaves comerciais.
“Teríamos mais oportunidades se não houvesse escassez de pilotos nos EUA”, disse. Gomes Neto que, no entanto, voltou a citar que a empresa está no momento discutindo a possível venda de mais de 200 jatos comerciais.
“Não vamos ganhar todas, mas temos boas oportunidades”, acrescentou.
Mercado dos EUA em baixa
Até março, a carteira de clientes dos E2 tinha apenas 270 aeronaves com pedidos firmes – 245 delas do E195-E2. Os E1, da primeira geração, por outro lado, já haviam ultrapassado as 1.770 encomendas desde 2004, quando o programa foi lançado.
Ao citar os EUA, Gomes Neto se referia no entanto ao E175, aeronave feita sob medida para atender a cláusula de escopo das companhias aéreas regionais do país.
Com limite de 76 assentos e peso máximo de decolagem de 46 toneladas, a cláusula impede a operação de aeronaves maiores para preservar empregos nas grandes transportadoras como American, United, Delta e Alaska.
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O CEO da Embraer, que deve comparecer ao Paris Air Show na semana que vem, reforçou a meta de voltar a produzir e entregar mais de uma centena de jatos comerciais nos próximos anos, o que deve garantir uma margem de lucro maior.