E2 vs A220: Embraer bateu pedidos da Airbus em 2024

No ano passado, aeronaves da família E2 tiveram 28 encomendas líquidas enquanto o A220 viu sua lista de pedidos encolher
Um Airbus A220-100 da Swiss e ao fundo o E190-E2 da Helvetic
Um Airbus A220-100 da Swiss e ao fundo o E190-E2 da Helvetic

A Embraer conseguiu um feito raro na disputa entre os jatos E2 e a família A220, diminuir a distância em encomendas líquidas em 2024.

Desde que a Airbus assumiu o programa CSeries da Bombardier, o rebatizado A220 viu sua lista de pedidos crescer bastante.

Em 2022, por exemplo, foram 105 pedidos líquidos e em 2023, 141 aeronaves a mais. Mas no ano passado o jato experimentou um encolhimento na carteira de pedidos.

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De 914 pedidos, os modelos A220-100 e A220-300 terminaram o ano com 905 aeronaves vendidas, queda de nove unidades.

Já a Embraer conseguiu expandir sua carteira de pedidos em 28 aeronaves, chegando a um total de 334 pedidos líquidos. O resultado ficou abaixo de 2022 (45 aeronaves) e 2023 (36 aviões), mas foi o suficiente para reduzir a distância para a rival da Airbus.

Encomendas líquidas do A220 e do E2 entre 2021 e 2024 (ADN)

Atualmente, a família E2, que inclui o E190-E2 e o E195-E2, tem 334 pedidos firmes dos quais 155 haviam sido entregues até dezembro passado.

A Airbus, por sua vez, havia entregue 389 A220 até o final de 2024. Em janeiro, a fabricante europeia entregou outros três aviões, mas perdeu mais um pedido, chegando a um total de 904 aeronaves encomendadas.

Primeiro Airbus A220-300 da TAAG (Airbus)

Dificuldades na linha de montagem

A família A220, no entanto, ainda tem ampla vantagem no mercado de jatos de 100 a 150 assentos. Até 2023 ela vendia três vezes mais jatos que a Embraer nesse segmento, mas no ano passado ela caiu para 73% contra 27% da empresa brasileira.

A falta de pedidos do A220 ocorre em meio a problemas na cadeia de suprimentos e dificuldades para elevar o ritmo de produção nas fábricas de Mirabel, no Canadá, e Mobile, nos EUA.

A Embraer também sofre fenômeno semelhante, mas tem buscado mudar o trabalho com fornecedores para elevar a cadência de produção.

Um dos E190-E2 da Royal Jordanian (Anna Zvereva)

Em comum, ambas as aeronaves são equipadas com o turbofan GTF, da Pratt & Whitney que, embora muito eficiente, tem passado por um complexo recall após falhas de projeto.

Os E-Jets de segunda geração, no entanto, ainda não fazem sombra para a bem sucedida primeira geração, que tinha mais de 1.900 pedidos e ainda é vendida na popular versão E175, de 76 assentos.

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