A Embraer afirmou a jornalistas estrangeiros nesta semana que já atingiu sua meta de receita no ano fiscal graças aos novos pedidos de aeronaves. A empresa brasileira esperar fechar seu balanço fiscal com uma receita entre US$ 4,5 bilhões e US$ 5bilhões após amargar queda no faturamento nos últimos anos.
Segundo disse Antonio Carlos Garcia, CFO da Embraer, para a Reuters, já existem pedidos suficientes para atingir a meta, embora persistam dúvidas se haverá capacidade de produção para entregar as aeronaves encomendadas. Assim como outras fabricantes, a Embraer também sofre com a disrupção da cadeia produtiva, causada pela pandemia do Covid-19.
A afirmação, no entanto, contrasta com a ausência de pedidos novos de aeronaves comerciais e a redução da lista de pedidos pendentes em quatro jatos no primeiro trimestre. A despeito disso, a Embraer revelou ter atingido o maior valor de backlog desde 2018, com um total de US$ 17,3 bilhões em aeronaves ainda não entregues.
Segundo dados divulgados pela fabricante brasileira, a divisão de aviação executiva apresentou a maior receita líquida no primeiro trimestre de 2022, com US$ 445,4 milhões, seguido da aviação comercial, com US$ 413,7 milhões. Os serviços e suporte também têm apresentado um grande crescimento de receita, tendo atingido US$ 307,4 milhões no primeiro trimestre deste ano.
A divisão de defesa e segurança, por outro lado, teve um resultado modesto, com apenas US$ 114,5 milhões de fatuamento líquido. O segmento, que comercializa o cargueiro militar KC-390, tem sido alvo de manchetes negativas graças aos seguidos anúncios de cancelamento de aeronaves por parte da Força Aérea Brasileira.