O CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, confirmou nesta semana que solicitou propostas à Airbus e Embraer relacionadas a uma futura aquisição de jatos A220 e E2, segundo a Bloomberg.
A companhia aérea alemã não opera esse tipo de aeronave, mas sim suas subsidiárias. A Swiss, por exemplo, foi a companhia aérea que lançou o A220-100 quando ainda se chamava CS100. Atualmente ela tem uma frota de 30 jatos do modelo, sendo 21 da versão de maior capacidade, o A220-300.
Curiosamente, a mesma Swiss utiliza o rival E190-E2 e E195-E2 em uma parceria com a também suíça Helvetic Airways. Além disso, a Lufthansa Cityline possui 11 E-Jets de primeira geração, a Air Dolomiti, da Itália, tem 15 E195 e a Austrian Airlines, outros 17 jatos do mesmo modelo.
Ou seja, o grupo alemão conhece bem os dois fabricantes, mas pretende simplificar as frotas no futuro a fim de reduzir custos e otimizar a operação.
É por essa razão que o potencial pedido da Lufthansa fará grande diferença tanto para a gigante europeia quanto para a empresa brasileira. Embora o A220 e o E2 se sobreponham em algumas faixas de capacidade, o jato da Airbus é maior e mais eficiente em rotas com grande demanda e distância.
A versão A220-100, por outro lado, é a que mais se aproxima dos E190-E2 e E195-E2, mas até agora atraiu poucos pedidos.
Na Embraer, o E195-E2, assim como o A220-300, é o preferido dos clientes no momento. Visto que o grupo Lufthansa possui 34 E195-E1, seu sucessor seria uma escolha natural.
No entanto, pesa o poder de barganha da Airbus, uma fabricante que possui uma enorme margem de negociação e que pode propor pacotes mais atraentes e que envolvam outros modelos como a família A320neo. Segundo fontes da Bloomberg, a companhia aérea estaria inclinada a encomendar o A220.
Não há no entanto uma previsão para um possível anúncio, o que faz a expectativa crescer ainda mais. A primeira vez que a Lufthansa admitiu estudar o assunto foi logo no início do ano.