A Força Aérea Brasileira (FAB) está conversando com a Embraer e a Boeing com intuito de substituir seus atuais aviões de patrulha marítima P-95 e P-3 Orion.
A fabricante brasileira anunciou na feira FIDAE, no Chile, ter iniciados estudos colaborativos com a FAB com intuito de adaptar uma aeronave para missões Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISR).
Embora não cite o C-390 Millennium, a Embraer divulgou uma imagem da aeronave com uma configuração de patrulha marítima e mísseis anti-navio sob as asas.
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Chamada de C-390 MPA (Aeronave de Patrulha Marítima), a variante surge meses após a Embraer ter divulgado um E190-E2 de guerra anti-submarina.
A Força Aérea Brasileira possui um acordo de aquisição de 19 jatos multimissão com a Embraer. Entende-se que a versão MPA poderia ser aplicada a esses aviões.
Boeing vê chances para o P-8A Poseidon
Ao mesmo tempo em que a Embraer revelou o acordo com a FAB, a Boeing afirmou ao Janes que o serviço também avalia o P-8A Poseidon, um 737 desenvolvido para patrulha marítima.
O Ministério da Defesa do Brasil já havia comentado que o Poseidon, juntamente com o treinador supersônico T-7A e o turboélice Cessna 408 SkyCourier eram aeronaves que interessam ao país.
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Atualmente a FAB possui três P-3 Orion com quase seis décadas em operação, além de oito P-95, uma variante do Embraer EMB-110 Bandeirante para patrulha marítima.
Primeiramente, acredito que o Brasil deveria revisar aqueles decretos dos anos 60 e 80 que não permitem à Marinha ter aeronaves de asa fixa que não sejam “embarcadas”. A Patrulha Marítima, apesar de ser muito bem realizada pela FAB é uma função intrinsecamente ligada às operações navais e, faz muito mais sentido ser realizado pela MB (é a mesma coisa de ter um porta aviões mas os caças serem da FAB – no Brasil isso só foi revogado no início dos anos 90). Em segundo lugar, vem o debate: fazer uma parceria com a Embraer para desenvolver uma aeronave de patrulha marítima impulsionaria nossa indústria, desenvolveríamos novas versões do C-390 ou E-190, geraria empregos, etc, porém teríamos muito custo e levaria tempo. Enquanto o P-8 Poseidon é uma aeronave já certificada, já está em uso em vários países e é um excelente vetor. Enfim, vamos acompanhando.
Não sei qual a complexidade no desenvolvimento dessa versão, mas se realmente for viável seria muito interessante termos uma aeronave nacional, abrindo novos mercados para a Embraer e a indústria nacional.
Entendo que nossa aeronave seja muito mais interessante do ponto de vista operacional e manutenção, mantendo o padrão e facilitando atualizações e melhorias futuras.