A Embraer e a Força Aérea Brasileira (FAB) assinaram nesta sexta-feira, 23, um Memorando de Entendimento (MoU) para viabilizar os estudos de um conceito de aeronave não tripulada avançada.
O projeto e desenvolvimento do modelo servirá para a FAB avaliar se podem cumprir os requerimentos futuros do país nessa área. No entanto, nenhum dos dois participantes detalhou quais tipos de missões a aeronave terá de desempenhar.
Uma imagem de propósito ilustrativo, segundo a Embraer, mostra o que parece ser um avião a jato com características furtivas, de cauda dupla e entrada de ar na parte de cima da fuselagem. São características que indicam um possível uso em reconhecimento aéreo e ataque ao solo, por exemplo.
“É uma oportunidade ímpar para a Força Aérea Brasileira aprofundar seus estudos em tecnologias disruptivas que possam causar desequilíbrio no cenário atual e futuro”, frisou o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior.
O novo comandante da FAB, que assumiu dias atrás, completou: “Na guerra moderna é imprescindível a utilização de plataformas aéreas não-tripuladas, operando isoladamente ou em conjunto com aeronaves tripuladas. Tal tecnologia permite reduzir custos e riscos, sem perder a eficácia no cumprimento das missões atribuídas à Aeronáutica.”
“Este estudo é de fundamental importância para a manutenção e a expansão das competências da Embraer no desenvolvimento de sistemas aéreos de defesa com alto teor tecnológico e grande complexidade de integração”, disse Jackson Schneider, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.
A FAB e a Embraer colaboram atualmente no programa KC-390 e também no estudo para o desenvolvimento de um turboélice utilitário de propulsão híbrida, entre outros projetos. No novo acordo não foram detalhados prazos para a apresentação da aeronave conceitual.