A Alaska Airlines é a quinta maior companhia aérea dos EUA, mas a despeito de seu nome, opera sua principais rotas a partir do Aeroporto de Seattle-Tacoma, no chamado “Lower 48”, os 48 estados que são integrados no país (exceção ao Hawaí e, claro, ao Alaska). Já o estado que a batizou e que inclui o inconfundível esquimó em seus aviões representa apenas uma pequena parcela de sua malha de voos e por essa razão surpreende o fato de que alguns de seus aviões nunca tenham voado na região, como é o caso do Embraer E175.
Essa situação, no entanto, está prestes a mudar. A Alaska anunciou nesta semana que colocará o jato regional brasileiro em voos no estado a partir de outubro. As aeronaves pertencem à subsidiária Horizon Air e são configurados com 76 assentos em três classes – a fim de obedecer a cláusula de escopo das companhias aéreas dos EUA.
“Os habitantes do Alasca que voaram no jato E175 no ‘Lower 48’ perguntam frequentemente quando poderiam ver o avião no estado, e estamos excitados em dizer que esse momento chegou”, disse Marilyn Romano, vice-presidente regional.
A decisão de levar o E175 para o Alasca tem a ver com a pandemia do coronavírus. Normalmente, a companhia aérea voa nas rotas entre Anchorage e pequenas cidades do estado com jatos Boeing 737, mas as restrições de distanciamento social têm impedido que a empresa voe para comunidades menores.
“Esse jato nos dá a flexibilidade de aumentar a frequência diária entre Anchorage e Fairbanks até sete vezes por dia, e proporcionar um serviço durante todo o ano para King Salmon e Dillingham. Com o tempo, o novo mix de aeronaves abrirá outros mercados no estado”, explicou Romano. A Alaska atende a região de Great Land, incrustada no meio do estado, há 88 anos e considera a aeronave brasileira a solução para não interromper esse serviço.
Tendência favorável a aviões menores
Com cerca de 330 aeronaves, a Alaska Airlines é uma das maiores operadoras do Boeing 737 no mundo, incluindo a variante 737-900, a maior da série NG. A empresa também possui jatos A320 herdados da Virgin America, que foi incorporada em 2016. Já a frota de E175 compreende 62 aviões, 30 deles da Horizon Air e 32 da SkyWest Airlines, que é subcontratada pela Alaska.
O anúncio da Alaska Airlines confirma uma tendência apontada por especialistas de que as companhias aéreas deverão optar por aeronaves menores no pós-pandemia. Com a demanda de passageiros reduzida será mais econômico atender destinos com aviões de menor capacidade a fim de manter uma maior variedade de voos e preservar rotas para aeroportos menores.
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