Embraer E195-E2 é candidato a substituto dos Boeing 717 da Hawaiian Airlines

Companhia aérea do Havaí deve decidir até o próximo ano qual aeronave será o substituto dos Boeing 717
Era MD-95 e virou Boeing 717: aeronave mudou de nome depois que a Boeing absorveu a McDonnell Douglas, em 1997 (Hawaiian Airlines)

Um dos últimos operadores do Boeing 717, a companhia aérea Hawaiian Airlines, dos Estados Unidos, decidirá nos próximos meses qual será o substituto da aeronave que opera voos de curtas distâncias entre as ilhas do Havaí.

O diretor-executivo da empresa, Peter Ingram, relatou ao Flight Global que decisão sobre o sucessor do 717 será tomada “até o final deste ano ou início do próximo”.

“Estamos no meio de um trabalho de análise. [A decisão] irá posicionar-nos para avançarmos no sentido da substituição dessa frota no final da década”, acrescentou Ingram.

Os possíveis candidatos a assumir o posto dos 717 da empresa com sede em Honolulu são os Airbus A319 e A220 e o Embraer E195-E2. Essa informação foi revelada pelo diretor da Hawaiian em 2019.

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A companhia havaiana opera atualmente 19 jatos 717 equipados com 128 assentos. Segundo dados do Airfleets, o avião do tipo mais antigo da frota (o modelo “Puaiohi” com registro N488HA) tem 25 anos de uso e o mais novo (o “Akiapolaʻau” N495HA), 19 anos.

Além da Hawaiian Airlines, outra transportadora dos EUA que ainda voa com o 717 é a Delta Air Lines, que é o maior operador do jato derivado do antigo McDonnell Douglas MD-95 com 69 aparelhos na frota. O jato da Boeing também é utilizado na Austrália pela QantasLink, que possui 16 aeronaves – que serão desativados em 2024.

Maior avião comercial do Brasil: o Embraer E195-E2 é um dos candidatos a assumir o posto do Boeing 717 na frota da Hawaiian Airlines (New York-air)

Operação desafiadora

Os Boeing 717 da Hawaiian Airlines realizam em média 16 ciclos diários por cinco aeroportos no arquipélago dos EUA no Oceano Pacífico. A empresa chama essas operações de “rota inter-ilhas”. Nesses trechos, os jatos decolam, alcançam a altitude de cruzeiro e em poucos minutos iniciam a descida para o pouso.

São voos curtos, com duração entre 30 e 50 minutos, em que os jatos voam em altitudes relativamente baixas em torno de 13.000 pés (3.962 metros). Considerando ainda o ambiente quente, úmido e de maresia do Havaí, o modelo de operação dos 717 da Hawaiian é bastante desafiador.

Essa sequência de voos curtos reduz a vida útil dos motores, de acordo com o website Jeffsetter. Em viagens de maior duração, os motores esfriam durante a fase de cruzeiro. Como isso não acontece nas rotas inter-ilhas da Hawaiian, os núcleos das turbinas permanecem mais quentes, o que não é bom para sua durabilidade.

Portanto, o avião substituto do 717 na frota da empresa havaiana deverá ser capaz enfrentar essas condições adversas e ainda contar com um nível de eficiência superior.

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