Embraer E195-E2 ou Airbus A220, eis a questão para a Lufthansa. O grupo alemão, que controla várias companhias aéreas, lançará mais uma em 2024, a City Airlines, uma regional que abastecerá os hubs da empresa em Frankfurt e Munique.
A frota? Nada menos que 40 jatos com 120 a 140 assentos, disse Carsten Spohr, CEO da Lufthansa, em um vídeo enviado aos funcionários e ao qual o site Aero Telegraph teve acesso.
Embora não tenha citado qual versão do avião brasileiro, a capacidade citada se encaixa no perfil do E195-E2, que normalmente leva 136 passageiros.
“Estamos preparando um grande pedido de 80 aeronaves, 40 deles menores, com 120 a 140 assentos que irão para a Cityline 2”, disse, se referindo a outra forma pela qual a transportadora é conhecida.
Interesse antigo no E2 e no A220
A City Airlines deverá estrear com uma frota de jatos Airbus A319 usados hoje dentro do grupo. A empresa aérea já obteve o Certificado de Operador Aéreo (AOC) e tem em sua frota apenas um desses aviões, de matrícula D-AILX, usado no processo de certificação.
O plano é que a City voe de cidades menores na Alemanha, mas também alguns destinos no entorno do país. A empresa, que foi criada em 2022, deveria ter iniciado seus voos em em meados de 2023.
O interesse da Lufthansa por aviões com até 150 assentos não é novo. A empresa já havia manifestado um plano de adquirir os E2 ou os A220, mas o assunto esfriou por algum tempo.
A decisão não será fácil já que o grupo opera tanto jatos A220 (na Swiss) quanto E-Jets de primeira geração.
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O Airbus possui maior capacidade e alcance, porém, se o perfil dos voos da City Airlines for mesmo de curta a média distância, o E2 pode levar vantagem.
Carsten Spohr não forneceu nenhuma data para decidir o assunto.
Ninguém fala em preço, o Embraer segundo se informa, é bem mais barato.
Os E2, além de serem mais baratos, são também mais econômicos, suportam mais ciclos, são mais silenciosos e podem se encaixar perfeitamente nos planos da Lufthansa.
Os europeus parecem ser mais inteligentes que os australianos, que compraram recentemente alguns aviões cargueiros militares mais caros e com bem menos capacidade e desempenho que o nosso excelente KC 390 Millenium.
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Sou cético quanto à veracidade dessa “concorrência”. O A220 deve levar mais essa pois pertence à poderosa Airbus, consórcio europeu tendo a França como líder absoluta, a Alemanha como a número 2 e as demais “nem dão pitaco”. A Swiss já opera o A220 e nem a presença dos antigos E1 farão com que a Embraer tenha alguma chance. Como se diz, é “concorrência para inglês ver”. Por outro lado, será uma grata surpresa se eu estiver errado.