A Embraer negocia com a Tata e a Mahindra, gigantes industriais indianos, para estabelecer parcerias para fabricação de suas aeronaves no país, afirmou Francisco Gomes Neto, CEO da companhia, em entrevista na semana passada.
“A Tata nos disse que eles começariam com foco em grandes aeronaves, e isso envolve Airbus e Boeing. Depois disso, eles olhariam mais aeronaves regionais, e aí está o mercado em que estamos”, afirmou Gomes Neto ao Mint.
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Já segundo o CEO de defesa e segurança, Bosco Costa Junior, a Embraer pretende fechar um acordo de parceria com empresas indianas até o final de 2023 – ele também admitiu que há conversações com outros grupos, sem detalhar nomes.
Embora tenha citado o segmento de aviação comercial, com as aeronaves E2, a Embraer também tem outros produtos sendo avaliados pela Índia, como o airlifter C-390 Millennium.
A Força Aérea da Índia (IAF) tem planos de adquirir 80 aeronaves de transporte com capacidade para 18 a 30 toneladas, categoria em que o C-390 se encaixa.
O governo indiano pretende transformar o país em um polo aeroespacial e para isso condiciona qualquer projeto mais amplo à parcerias com indústrias locais.
Os dois grupos citados por Gomes Neto já atuam na aviação. A Mahindra, por exemplo, é dona da fabricante australiana de aeronaves GippsAero.
A Tata, maior grupo industrial indiano, possui uma atuação mais ampla, apoiando projetos globais como o caça F-16, o helicóptero AH-64 Apache e, mais recentemente, a montagem local dos turboélices C295, da Airbus, que foram encomendados pela IAF.