A Embraer tem buscado novos clientes para sua linha de jatos comerciais E2, que acumulam uma carteira de pedidos bastante modesta se comparada ao bem sucedido histórico de vendas da primeira geração de E-Jets.
Segundo a empresa brasileira, apenas 221 aeronaves constam como pedidos firmes, comparado aos 1.771 aviões dos modelos E170, E175, E190 e E195 já encomendados – a Embraer não divulga mais opções de compra.
Dos três modelos E2 lançados, apenas o E195-E2 possui uma carteira respeitável, com 201 pedidos. O E190-E2, primeiro a entrar em serviço, possui somente 20 encomendas enquanto o menor E175-E2 permanece sem clientes e com sua estreia operacional postergada.
Mas as perspectivas para a nova família de jatos, bastante mais eficiente que a geração anterior, parecem ser positivas. Ao menos é o que indicam algumas conversas que a Embraer tem tido em mercados globais.
Um dos potenciais clientes do E2 é a polonesa LOT, dona de uma das maiores frotas de E-Jets do mundo – a empresa aérea foi a cliente lançadora da série, em 2004.
Os 40 E-Jets da companhia aérea europeia cumprem um papel importante em sua malha de voos, mas precisarão ser substituídos num futuro breve. A Embraer admite estar em conversas para vender os E2, mas não revela quantidade, embora a imprensa polonesa aponte um pedido de até 80 aeronaves.
Em entrevista à mídia do país, o vice presidente de vendas e marketing da Embraer, Cesar Pereira, sugeriu que o E190-E2, com 100 assentos, e o E195-E2, configurado com 140 lugares, poderiam ser uma solução vantajosa para a LOT, graças ao consumo de combustível bastante inferior ao da geração anterior.
Aproximação com a Índia
É na Índia, no entanto, que a Embraer tem apostado com força. O imenso mercado de aviação do segundo país mais populoso do mundo poderia originar amplos pedidos pelos jatos E2.
Segundo o Nikkei Asia, a fabricante brasileira de fato estaria negociando um acordo com a gigante indiana de baixo custo IndiGo, dona de uma frota de mais de 260 aeronaves.
Embora seja uma grande cliente da Airbus, a IndiGo acaba de nomear Pieter Elbers como CEO. O executivo holandês estava à frente da KLM, que possui uma relação muito próxima com a Embraer, operando aeronaves E1 e E2 com bastante sucesso na Europa. Outra companhia aérea indiana apontada como provável foco da Embraer é a Star Air, dona de cinco jatos ERJ 145.
A presença da Embraer na Índia, no entanto, pode se tornar mais ampla caso outras negociações envolvendo o cargueiro militar C-390 e o futuro turboélice avançado de passageiros sejam concretizadas.
Com parceiros estabelecidos no país, a empresa brasileira ganharia fôlego extra para buscar novos negócios, incluindo outros países asiáticos como o Vietnam, cuja Bamboo Airways opera cinco E-Jets de segunda mão e recebeu a visita do E195-E2 recentemente.
Seria uma ótima compensação para a difícil entrada no mercado chinês, o maior do mundo. Embora tenha até produzido seus ERJ na China em parceria com a Harbin, a Embraer desde então tem tido pouco sucesso com empresas aéreas do país.
A família E2 até hoje não está certificada na China, o que dificulta qualquer venda. Para tornar o panorama ainda mais incerto, o governo chinês tem investido num rival local da Embraer, o jato ARJ21, um derivado do velho DC-9 produzido pela COMAC.
Seja como for, a Embraer tem conseguido algo importante, lucrar mesmo produzindo menos aviões, graças a um programa de otimização de sua linha de montagem que pretende atingir uma redução de custos de 40% até o final de 2023.
Ah Embraer precisa de um marketing mais estratégicos e incisivos na Índia e no Vietnã.pra Apresentação e Divulgação de seus E-jets.Enquanto quê na China ela perdeu a oportunidade quando lá fabricava seus E-jets..Eles os chineses só pensam neles são uns chupins de tecnologias.