A Marinha do Brasil está próxima de receber o sétimo e último caça-bombardeiro AF-1M modernizado pela Embraer, de acordo com o website Janes. A publicação diz que o processo de recebimento do jato foi iniciado pela Marinha em 7 de março e seria finalizado em até quatro semanas. A aeronave é o modelo de um assento AF-1B com número de cauda N-1004.
Com a entrega do último aparelho será encerrado um programa que corre desde 2009, quando a Marinha do Brasil e a Embraer assinaram um acordo de US$ 106 milhões para modernizar 12 caças, sendo nove jatos monopostos e três bipostos. No entanto, posteriormente o número de aeronaves modernizadas foi reduzido para sete células (cinco monopostos AF-1B e dois bipostos AF-1C) – um modelo AF-1B foi perdido num acidente em 2016.
AF-1 Falcão é a designação da marinha brasileira para o caças navais McDonnell Douglas A-4 Skyhawk, um projeto consagrado e provado em combate, mas já bem antigo – a primeira versão da aeronave foi desenvolvida no início da década de 1950. Os jatos em serviço no Brasil foram comprados em 1997 da força aérea do Kuwait para servirem a bordo do porta-aviões NAe São Paulo, desativado em 2017. Ao todo, o Marinha do Brasil adquiriu 23 aeronaves.
O programa de atualização dos A-4 da frota brasileira inclui a substituição de antigos equipamentos de navegação e comunicação por recursos mais avançados, além da revitalização estrutural e do motor que prolonga a vida útil dos caças por aproximadamente mais 10 anos.
Um artigo no site oficial da Marinha do Brasil descreve algumas das características do AF-1 modernizado, que na visão da corporação é a versão mais avançada do A-4 já desenvolvidas no mundo.
Entre a lista de equipamentos do caça repaginado, a Marinha do Brasil destaca o emprego do radar israelense EL/M 2032, que pode realizar buscas ar-ar, ar-mar, ar-solo e navegação, além de ter a capacidade para rastrear 64 alvos marítimos simultaneamente a uma distância de até 256 km – no modo ar-ar o alcance do radar é de 128 km. Os caças atualizados pela Embraer também podem utilizar mísseis mais avançados e “bombas inteligentes”, segundo a força naval.
Os caças AF-1 Falcão são operados pelo 1º Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque (VF-1) da Marinha do Brasil, posicionado na base aeronaval de São Pedro da Aldeia (RJ). A unidade foi criada em 1998 e marcou o retorno das aeronaves de asa fixa à frota aérea da Marinha, que estava impedida de operar aviões desde 1965 – a Marinha só era autorizada a realizar operações aéreas com helicópteros.
A notícia da entrega de mais um AF-1 modernizado é um momento solene na carreira do A-4 Skyhawk, um ícone da aviação militar e um dos jatos mais utilizados em combates nos século XX, com participações na Guerra do Vietnã, conflitos nos Oriente Médio e na Guerra das Malvinas, quando foi empregado pelas forças armadas da Argentina. O modelo N-1004 em vias de ser entregue a Marinha do Brasil é provavelmente o último A-4 do mundo que passa por um processo de modernização. Além do Brasil, o clássico caça da McDonnell Douglas também permanece em serviço na força aérea da Argentina.
Amigo é em São Pedro da Aldeia e não São Pedro da Serra ! 👍
Boa, Adilson, valeu, já corrigimos! Já pensou os AF-1 voando por cima de Barueri e Alphaville? Acho que não ia dar muito certo…rs
Servi 3 anos na Macega, de 88 a 90. Na 2a ELO.
Devia aposentar isso e não modernizar , um caça com 72 anos sendo modernizado , isso num combate aéreo não é um páreo muito forte não !
Esquadrão com 07 aeronaves de interceptação e ainda por cima obsoletas! É sério mesmo?
Meia dúzia de caças obsoletos, que já foram “modernizados” várias vezes. Fora o histórico de problemas técnicos, até com fatalidades.Não estaria na hora de adquirir tecnologia nova para nossa aviação naval?
Primeiro que gastar dinheiro nisso é ridículo, não temos hoje porta aviões, esse avião é de museu, melhor concentrar esforços em compra de aeronaves mais modernas, e sistemas de defesas eficazes de verdade.
E o porta aviões?
Então , 106 milhões pra recuperar 7 jatos , pra usar nos próximos 10 anos deixando-os em condições de cumprir com as tarefas de defesa acho um bom investimento , dá uma folga no orçamento da marinha ,em lá na frente pensar em adquirir outros mais novos em quantidade , este 106 milhões hoje não compraria nem uma unidade de um jato novo , então é um bom investimento, e se tudo correr bem no programa do Gripen o Brasil mesmo pode fabricar pra Marinha.
Quais mísseis eles serão capazes de disparar??
Sem comentários… Tem radar mas não tem míssil anti navio, qual a vantagem ?? 106 milhões pra manter uma doutrina sem nexo algum…
E pra que vão servir esses caças,pra desfilar 7bde setembro kkkkkkkkk
Sempre tem uns Zé ruelas que só criticam tudo e parece que não lê noticia direito … Vamos lá ao trecho da noticia ” (Entre a lista de equipamentos do caça repaginado, a Marinha do Brasil destaca o emprego do radar israelense EL/M 2032, que pode realizar buscas ar-ar, ar-mar, ar-solo e navegação, além de ter a capacidade para rastrear 64 alvos marítimos simultaneamente a uma distância de até 256 km – no modo ar-ar o alcance do radar é de 128 km. Os caças atualizados pela Embraer também podem utilizar mísseis mais avançados e “bombas inteligentes”, segundo a força naval.)
Ué! Mas se não há porta-aviões para operá-los, qual o sentido? Até entendo o ímpeto em querer manter a “força destacada” da marinha para isso. O fato é: o Brasil constrói seu porta-aviões (ativaria a combalida indústria naval) e adquire novos aviões ou fica a mercê da sorte geopolítica que nos mantém longe de conflitos mais sérios, como o da Ucrânia por exemplo.
Apostar na “sorte” é pedir para ser atacado. Tem essa história do porta-aviões de um centavo dos USA… humilhante!