Nos próximos 20 anos o mercado de aviação da China vai exigir mais de 1.000 aeronaves com capacidade para até 130 passageiros, segmento hoje dominado pela Embraer, com cerca de 80% de participação. Por conta dessa demanda, a fabricante brasileira estuda montar uma fábrica no país, apontou Paulo Cesar de Souza e Silva, diretor-executivo da empresa.
Segundo o executivo, o plano pode ser consumado após a estreia do novo jato E195-E2, programado para 2019. “Podemos considerá-lo se tivermos o parceiro certo e interesse suficiente para os nossos jatos”, declarou Silva, citado pela agência Bloomberg.
Se a ideia for adiante, essa será a segunda vez que a Embraer produz aviões na China. Entre 2003 e 2016, a fabricante brasileira produziu o jato executivo Legacy 650 e o modelo comercial ERJ-145 no país em parceria com a empresa local Harbin Hafei Aviation Industry, subsidiária do grupo estatal AVIC.
Cerca de 330 aeronaves comerciais da Embraer voam atualmente em 17 países da região Ásia-Pacífico. Mais da metade deste volume está em operação com companhias na China.
Embraer pelo mundo
Além de produzir aviões e componentes no Brasil, com fábricas em São José dos Campos, Botucatu e Gavião Peixoto, a Embraer também tem instalação nos Estados Unidos e Portugal.
Em Melbourne, no estado da Florida, a Embraer conta com uma linha de montagem de jatos executivos, onde são produzidos os modelos da série Phenom e os Legacy 450 e 500. A empresa brasileira também produz o avião militar A-29 Super Tucano nos EUA, em parceria com a Sierra Nevada Corporation, em Jacksonville.
Já em Portugal, na cidade de Évora, o grupo brasileiro possui uma fábrica de componentes, e também dirige a OGMA, em Alverca, empresa aeronáutica mais antiga do país.
Airbus e Boeing já estão na China
A China caminha para se tornar o maior mercado de aviação do mundo nos próximos 20 anos, superando os EUA. Essa demanda já atraiu a Airbus, que desde 2008 finaliza o jato A320 em Tianjin, e também a Boeing, que neste ano iniciou a construção de uma fábrica na província de Zhoushan, onde será produzido o modelo 737.
A alta procura de empresas chinesas por novas aeronaves também movimentou a indústria local, com a criação da COMAC. A fabricante chinesa já produz o modelo regional ARJ-21, o primeiro jato comercial desenvolvido na China, e está em fase de desenvolvimento do C919, avião do mesmo porte dos consagrados A320 e 737.
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isso é péssimo negócio. que a empresa fechou sua sucursal é em 2016 por ser enganada pelo sócio chines imposto pelo governo comunista. Dúvido que o politburo tenha mudado as regras