O programa P2F (Passenger to Freighter), da Embraer, está em ritmo acelerado. Lançado no início de 2022, o projeto oferece uma conversão de modelos E190 e E195 para transporte de cargas.
A Embraer recebeu o primeiro jato originalmente configurado para levar passageiros em fevereiro. A aeronave foi revelada recentemente e deve iniciar os voos de certificação em breve.
Embora a companhia não tenha revelado qual a origem do primeiro E190 a passar pelo processo de conversão, ADN apurou se tratar do avião com número de série 19000360, que foi originalmente entregue para a TACA Airlines em 2010.
A aeronave operou até maio de 2019 com a matrícula dos EUA N986TA, quando foi desativada e armazenada no Aeroporto Middle Georgia Regional, onde a Embraer possui instalações de manutenção.
Em fevereiro, o jato voou para São José dos Campos, sede da empresa, para ser convertido para cargueiro.
O primeiro E190F está registrado em nome do Bank of Utah Trustee, mas acredita-se que faça parte do inventário à Nordic Aviation Capital (NAC), primeira cliente da aeronave cargueira.
Em postagem em suas mídias sociais, a Embraer revelou que já trabalha na conversão de um segundo E190 e que em breve receberá um E195, que oferecerá maior capacidade de carga.
O E190F poderá transportar até 13.150 kg e o E195F, até 14.300 kg de carga útil máxima. Nos voos de comércio eletrônico, cuja densidade é menor, os dois aviões terão capacidade para movimentar carga útil de 10.700 kg (E190F) e 12.300 kg (E195F).
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O primeiro operador do E190F será a companhia aérea Astral Aviation, do Quênia, que arrendou duas aeronaves da NAC e os receberá a partir de 2024.
Entrar no mercado de cargas ajuda a Embraer a diversificar seu portfólio, ainda mais nesse segmento onde, atualmente, não há concorrentes à altura de ambos os modelos. Mudando o foco da matéria, dias atrás li uma reportagem de que uma empresa estaria preparando o lançamento de uma nova aeronave na faixa dos 70 lugares e que estaria em negociações com os fabricantes de motores a respeito de uma propulsão mais eficiente do que os motores atuais. A Airway tem alguma informação a respeito? Pergunto porque gostaria de saber qual o posicionamento atual da Embraer a respeito devido o “congelamento” do projeto do avião de 90 lugares.