A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) emitiu nessa sexta-feira (19) a “Certificação de Tipo” para o cargueiro militar multimissão Embraer KC-390. A liberação do certificado permite que a aeronave possa ser comercializada e operada em todo o território brasileiro.
O programa de certificação do KC-390 teve duração de sete anos de trabalho. De acordo com a Embraer, foram verificados mais de 2.500 requisitos e o projeto envolveu a participação de cerca de 200 profissionais credenciados da ANAC.
Como explicou a fabricante, a plataforma básica do KC-390, embora de utilização militar, atende os níveis previstos no Regulamento Brasileiro de Aviação Civil (RBAC) n° 25, ou seja, idêntico aos padrões utilizados pelos aviões de maior porte utilizados na aviação comercial brasileira.
A certificação da ANAC é emitida quando o projeto de aeronave demonstra ter cumprido todos os requisitos operacionais, de segurança e de proteção ambiental obrigatórios para sua utilização.
Gigante brasileiro
O Embraer KC-390 é o maior avião desenvolvido na América Latina, com peso máximo de até 81 toneladas – embora não seja o com maior comprimento, título que pertence ao novo jato comercial E195-E2. O avião militar foi projetado para atender os requisitos operacionais da Força Aérea Brasileira (FAB) e para substituir a frota dos turbo-hélices Lockheed Martin C-130 Hercules, que voam no Brasil desde 1964. A FAB vai receber as primeiras unidades da aeronave a partir de 2019 – a encomenda contempla 28 aviões.
Com a proposta de substituir os Hercules, o KC-390 foi desenvolvido para cumprir as mesmas missões do antigo turbo-hélice fabricado nos Estados Unidos, mas com praticamente o dobro da velocidade (até 850 km/h) e mais carga, com capacidade máxima de 26 toneladas (6 ton a mais que o Hercules). E a lista de tarefas da aeronave é enorme.
Além do transporte de equipamentos e tropas, o cargueiro militar da Embraer pode lançar cargas e paraquedistas, reabastecer outras aeronaves em voo (e também ser reabastecido), realizar missões de busca e salvamento com equipamentos especiais, combate a incêndios florestais e até voos para Antártica.
Cada unidade do KC-390 é avaliada em cerca de US$ 85 milhões (cerca de 319,3 milhões). Além de suprir as necessidades da FAB, a Embraer acredita que o novo jato militar também pode ser uma das principais opções do mercado no segmento de cargueiros militares médios nos próximos 20 anos, substituindo antigas frotas de Hercules pelo mundo.
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Provavelmente perde para o Hércules nas operações em pistas de terra com pedregulho e poeira e também nas pistas de pouso mais curtas.
E a FAB vai carregar o que nele? Tropas e equipamentos para as nossas fronteiras? Em especial, a fronteira Brasil x Venezuela? Apoiado pelos Super Tucanos!?
Não, não perde. Pistas de terra foram um requisito específico da FAB para o KC-390. Essa é a principal razão para as asas na parte superior da fuselagem. Eleva os motores, reduzindo a entrada de detritos.
A ANAC não possui competência sobre nenhum avião militar, assim a venda e a operação pela FAB independe de qualquer ato expedido pela ANAC. A certificação que a matéria se refere somente caso a Embraer queria vender uma versão do KC-390 para utilização civil, seja para transporte de carga ou passageiros.
Ta, mais e daí?
1100 m para missões táticas
1300 m “normal”
1630 m para transporte logístico
C-130 precisa de 1950 m, parece. 425m se vazio.
Qualquer avião militar moderno é obrigatoriamente certificado pelas autoridades aeronáuticas do país de origem. Pesquise mais e verá que a matéria está correta.
Bonitão, tomara que venda bem!