A aviação é um meio que suga dinheiro para poder transportar passageiros e cargas pelos céus, seja em curtas ou longas distâncias. O combustível é caro (e os preços não param de subir) e a manutenção de aeronaves exige peças valiosas e profissionais habilitados (e bem pagos). Para reduzir essa conta, as fabricantes nunca cessam as atualizações em seus aviões e sempre buscam formas de reduzir esses custos para continuar agradando seus clientes.
É o que a Embraer está fazendo neste momento com os jatos da série E-Jets, que em breve estreará a nova geração “E2”. O primeiro modelo, um E190-E2 na fase final de construção, foi apresentado nessa terça-feira (20), em São José dos Campos (SP), durante a “Conferência de Operadores Embraer”, que reuniu mais de 50 companhias aéreas e demais envolvidos no projeto.
A entrega do o primeiro E190-E2 está prevista para o primeiro semestre de 2018. O modelo E195-E2, o maior da família, tem estreia programada para 2019, enquanto o E175-E2, o “caçula”, deve voar em 2020 completando o programa de atualização dos E-Jets. O investimento da Embraer para atualizar os jatos comerciais é avaliado em US$ 1,7 bilhão.
Menos custos, mais interessados
Para reduzir o “apetite” das aeronaves por combustível, um dos principais desafios da aviação, os E-Jets E2 terão motores turbofans Pratt&Whitney mais eficientes. Segundo o fabricante do motor, os novos turbofans ( PW1700G e PW1900G) são até 50% mais silenciosos e tem consumo e custos de manutenção menores: “acima dos dois dígitos” afirma empresa norte-americana, que está desenvolvendo os propulsores em parceria com a Embraer.
O E-Jets E2 também terão novas asas e a carenagem que envolve o trem de pouso principal foi redesenhada. Essas soluções melhoram a parte aerodinâmica do avião e desta forma o consumo de combustível também é otimizado – a Embraer ainda não especificou quanto a parte aerodinâmica contribui para a redução de consumo.
“Temos investido continuamente no programa dos E-Jets com o objetivo de manter nossos clientes competitivos com os aviões que têm os menores custos operacionais e maior apelo junto aos passageiros, hoje e no futuro”, afirma Paulo Cesar Silva, presidente da divisão de aviões comerciais da Embraer.
Cabine de caça, controles robotizados
Nos últimos anos, a Embraer vem ganhando fama por antecipar tendências na aviação, trazendo sempre equipamentos de alta tecnologias em seus novos produtos. A empresa foi a primeira a utilizar controles fly-by-wire em jatos executivos e comerciais leves, recurso que aumenta o grau de automação da aeronave, tornando sua condução menos estafante para os pilotos e mais segura do ponto de vista operacional, reduzindo as chances de erro humano – a Boeing, por exemplo, utiliza os controles fly-by-wire somente nos jatos de grande porte 777 e 787.
O E190-E2 será ainda mais automatizado: a aeronave terá controles ‘full fly-by-wire’. Ou seja, todos os comandos do avião serão realizados por controles eletrônicos. Aeronaves sem esse recursos movimentam seus flaps e ailerons por meio de componentes mecânicos ou hidráulicos. No E190 da primeira geração, os comandos mecânicos ainda estavam presentes no “profundor”, que controla o movimento horizontal do avião – na cauda do avião.
Mas o que mais vai agradar os pilotos dos E-Jets E2 é a nova cabine com visor ‘head-up display’, como em caças de combate. O painel digital permite que o piloto confira os instrumentos mais importantes sem precisar desviar os olhos do horizonte – esse item será opcional.
Capacidades reforçadas
Consumindo menos combustível, o E190-E2 poderá ir mais longe. Segundo dados preliminares da Embraer, a nova geração do E190 terá autonomia de 2.800 km, quase 20% a mais que o modelo atual. Os modelos E175-E2 e E195-E2 vão manter a mesma capacidade de alcance (de 1.900 km e 2.000 km, respectivamente), mas em contrapartida terão fuselagens ligeiramente ampliadas, o que vai permitir a introdução de mais assentos.
O E175-E2, com uma fileira a mais na cabine, vai poder transportar 80 passageiros, contra 76 ocupantes do modelo atual. Já o E195-E2, que vai ganhar mais três fileiras, terá a capacidade ampliada de 106 para 116 poltronas. O E190-E2 vai manter o mesmo porte, para 97 ocupantes (as projeções são baseadas nas configurações mais pedidas).
Engenheiros da Embraer também trabalham para melhorar o conforto a bordo das cabines. Os compartimentos de bagagens de mão vão aumentar até 50% e um sistema de ar condicionado renovado deve melhorar a qualidade do ar no interior do avião.
Mercado
Os E-Jets se tornaram uma espécie de proposta de “meio termo” para companhias aéreas, posicionados entre jatos comerciais pequenos e médios, permitindo uma ligação eficiente em rotas regionais, de curto e médio alcance. Regiões que não têm demanda suficiente para encher um Boeing 737 com quase 200 passageiros, podem ser atendidas com a mesma velocidade a jato dos modelos Embraer, de menor porte e capacidades mais adequadas.
Com esse perfil de operação, a Embraer conseguiu emplacar os E-Jets em 65 companhias aéreas de 47 países em todos os continentes. Até setembro deste ano, a fabricante entregou mais de 1.100 jatos dessa série e tem mais de 600 aparelhos encomendados. Os modelos da linha E2, que ainda nem voaram, já tem 267 unidades vendidas.
O primeiro grande cliente dos E-Jets E2 será a companhia norte-americana SkyWest, que já confirmou o pedido uma centena de aeronaves e manteve a opção de adquirir outra 100. Em seguida aparece a ILFC, empresa de leasing e revenda de aeronaves, com mais 50 pedidos.
Com todo esse interesse, a Embraer se tornou líder na categoria de aeronaves para até 130 passageiros, detendo 40% deste mercado. A chegada dos E-Jets E2 deve coincidir com o lançamento do jato regional japonês Mitsubishi MRJ, que será a primeira família de aviões que concorrerá diretamente com os modelos desenvolvidos no Brasil.
O E190-E2, que será o principal modelo da nova série, é avaliado em cerca de US$ 53 milhões. O E175-E2 tem preço sugerido de US$ 46 milhões e o E195-E2 deve chegar ao mercado custando US$ 60 milhões. São valores aparentemente altos, mas competitivos quando comparados aos valores de aeronaves da Boeing ou Airbus, que custam o dobro ou mais.
Se a Embraer estivesse nas mãos desse governo degenerado, já teria falido há muito tempo em função da corrupção desenfreada que lhe é peculiar.FORA BANDIDOS COMUNISTAS CORRUPTOS!!!!!!!
Pena não ser mais brasileira e a montagem passou para outros países.
ola,leitores , o brasil precisa de se orgulhar da EMBRAER, para que
levanta aeronaves gigantes como a BOEING e a AIRBUS. os e-jets atuais ja fazem sucesso em mais de 40 países os da segunda geraçao vai ganhar o mundo inteiro. porque avioes modernos e confortaveis , e nao tem poutrona do meio. obrigado.
Rapaz, o ódio ao Governo tornou-se patológico…
Quanto à Embraer, orgulho! Mas a Azul deixou de comprar os E-Jets, preferiram os Airbus A320Neo…
A Embraer continua na mão do estado/estatal. BNDES, composição acionária. E 195 é o melhor avião que voa no Brasil.
Empresa tem que fugir do Brasil senão vai falir como com o Sarney causou. Dilma quer o mesmo
Olá Jonathan Mazzini, acho que o teu conceito de nacionalismo está totalmente equivocado. A Airbus fabrica os seus jatos em pelo menos 7 países da Europa e agora tem uma subsidiária na China, para atender a esse mercado e porque a mão de obra lá e mais barata. A Boeing também monta seus aviões em diversas partes do mundo, ou seja, há centenas de fornecedores que agregam serviços no mundo todo para servirem a estas fabricantes. A Embraer não foge dessa regra. Senão, não seria o que é hoje.
Autonomia de 2.800 Km? Só?
Fora pt.
Privatizem a Petrobras por favor.
Com administrações competentes e proficionais tudo leva para o sucesso comercial e orgulho de nosso Pais; tão combalido com as administrações dess Governo que ai está. Sendo uma vergobha para os Brasileiros honestos e trabalhadores. Mario Oliveira.
Embraer, empresa de alta tecnologia que leva a marca e o orgulho do Brasil para todas as partes do mundo…..
Só noticias boas! Hoje em dia isto é muito raro.
O que houve com as encomendas que a Azul fez desta nova geração de E-jets?
não deixe a embraer falir, por favor, pois admiro todos os aviões da mesma