A notícia publicada na coluna do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, sobre a venda, “sem alarde”, da divisão de defesa da Embraer, foi negada pela fabricante. “A Embraer nega a especulação sobre a venda de sua área de Defesa & Segurança”, declarou a empresa.
A Embraer Defesa & Segurança é responsável, por exemplo, pelo desenvolvimento e produção do avião de ataque Super Tucano e o novo cargueiro militar KC-390. A empresa ainda oferece soluções de revitalização e modernização de aeronaves militares, como fez com os caças F-5 e AMX da Força Aérea Brasileira (FAB), e os A-4 Skyhawk da Marinha.
Essa divisão da Embraer, no entanto, vem enfrentando problemas com atrasos do governo brasileiro no pagamento do programa KC-390. O primeiro contrato para produção em série da aeronave, que prevê 28 aparelhos para a FAB, é avaliado em cerca de R$ 7,2 bilhões.
Embraer Defesa & Segurança também deixou de ganhar cerca de R$ 101 milhões neste ano com o corte na verba para continuar o programa de modernização do caça-bombardeiro A-1, designação da FAB para o AMX. O plano original previa a revitalização de 43 aeronaves, mas somente três aeronaves, designadas A-1M, foram convertidas para o novo padrão.
A divisão de defesa da Embraer também desenvolve aeronaves de vigilância, os chamados “aviões-radar”. A empresa oferece dois tipos desses aviões, o EMB 145 AEW&C (sigla em inglês para Sistema Aéreo de Alerta e Controle), para vigiar os céus, e o EMB 145 Multi Intel, que busca objetivos no solo. A FAB tem esses dois aparelhos na FAB, como E-99 e R-99, ambos baseados no jato comercial ERJ 145.
A Embraer também separa suas outras aeronaves em divisões separadas. São elas a Embraer Executive Jets, de aviões executivos, Embraer Commercial Aviation, de jatos comerciais, e a divisão de aviação agrícola, com o monomotor Ipanema.
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