Em comunicado ao mercado divulgado nesta segunda-feira, 15 de junho, A Embraer informou que finalizou os termos de contratos de financiamento ao capital de giro para exportações no valor total de até US$ 600 milhões. O financiamento vem em um momento em que a fabricante lida com as consequências da crise do coronavírus e o fracasso no acordo de joint venture com a Boeing.
Como explica a fabricante, as linhas de financiamento “reforçarão ainda mais a posição de caixa da companhia garantindo recursos desde a fase de produção até o momento do embarque dos produtos para o mercado externo”. Metade do empréstimo será financiado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o restante por bancos privados e públicos. O prazo de pagamento será de até quatro anos.
O empréstimo fornecerá capital de giro para a ajudar a Embraer na produção de aeronaves comerciais e jatos executivos. A empresa ainda afirmou que continuará avaliando formas adicionais de financiamento para manter um perfil de endividamento de longo prazo.
O anúncio da Embraer ocorre depois que os dois principais fabricante de aviões comerciais, Airbus e Boeing, conseguiram seus próprios pacotes de resgate.
Na semana passada, o governo francês anunciou um pacote de ajuda financeira para a Airbus e seus fornecedores no valor de 15 bilhões de euros, enquanto a Boeing recebeu uma assistência indireta governamental de quase US$ 60 bilhões para as companhias aéreas dos EUA continuarem investindo na compra de aeronaves da fabricante norte-americana após a pandemia do coronavírus.
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