Embraer perde parceira americana do projeto do KC-390 para a Força Aérea dos EUA

L3 Harris e fabricante brasileira haviam proposto o “Agile Tanker” em 2022, uma versão de avião-tanque com lança para reabastecer caças e outros aviões da USAF
O KC-390 com uma lança de reabastecimento aéreo, equipamento padrão da USAF
O KC-390 com uma lança de reabastecimento aéreo, equipamento padrão da USAF (Embraer)

A empresa norte-americana L3 Harris abandonou a parceria com a Embraer que visava o projeto “Agile Tanker”, avião-tanque baseado no jato de transporte tático KC-390 Millennium, para ser oferecido à Força Aérea dos EUA (USAF).

Bosco da Costa Jr., CEO da Embraer Defesa e Segurança, afirmou ao Breaking Defense que a L3 Harris decidiu não seguir adiante em virtude de outras prioridades.

As duas empresas anunciaram o Agile Tanker em setembro de 2022 como uma alternativa para que a USAF complementasse sua frota de aviões de reabastecimento aéreo como uma aeronave de perfil tático, capaz de operar em vários cenários.

Na época, a Força Aérea estava avaliando lançar duas novas concorrências de aviões-tanque, o KC-Y, que seria uma segunda encomenda de um reabastecedor aéreo baseado em jatos de passageiros, e o KC-Z, uma aeronave furtiva avançada.

Boeing KC-46A Pegasus - USAF
O KC-46 tem se transformado no principal avião de reabastecimento aéreo dos EUA (USAF)

No entanto, a USAF repensou suas prioridades em favor do programa Next Generation Air Refueling System (NGAS) voltado a desenvolver uma aeronave furtiva do zero.

Fusão ou aquisição

Segundo Costa Jr., após o anúncio da parceria, a L3 Harris demonstrou cada vez menos interesse no projeto, que previa a instalação de uma lança de reabastecimento aéreo no C-390, padrão usado pelas aeronavess da USAF.

Representação gráfica de como seria um avião-tanque furtivo reabastecendo caças F-22 e F-35 (Lockheed Martin)

O avião de transporte tático da Embraer foi projetado para realizar reabastecimento aéreo, porém, por meio do sistema de sonda e cesta, com pods com mangueiras instalados na asas.

O CEO de Defesa da Embraer, no entanto, disse que a empresa segue dedicada a explorar programas militares nos EUA e pretende encontrar outro parceiro ou mesmo adquirir alguma companhia no país.

 

 

 

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