Embraer pode anunciar novo turboélice comercial até o final deste ano

CEO da divisão comercial da Embraer ressaltou que o projeto só poderá ir adiante se houver a joint venture com a Boeing
Descontinuado em 2003, o Brasilia foi o último turboélice comercial da Embraer (Embraer)
O EMB-120 Brasília foi produzido entre 1983 e 2001; ao todo foram fabricadas 354 unidades (Embraer)
O EMB-120 Brasília foi produzido entre 1983 e 2001; ao todo foram fabricadas 354 unidades (Embraer)
O EMB-120 Brasília foi o último turboélice comercial produzido pela Embraer (Embraer)

O plano de lançar um novo avião turboélice de passageiros está ficando cada vez mais forte nos corredores da Embraer. Presente no Singapore Air Show, John Slattery, CEO da Embraer Aviação Comercial, disse em entrevista à Reuters que espera ter uma definição sobre o projeto até o final deste ano.

“Devemos ter um posicionamento entre a metade e o final do quarto trimestre para levar um caso de negócios com uma recomendação ao nosso conselho”, afirmou o executivo.

Em um sinal de que o desenvolvimento do avião está caminhando, Slattery disse que conversou com três fornecedores de motores: Rolls-Royce, General Eletric e Pratt & Whitney Canada.

“Estamos agora totalmente engajados com os fabricantes de motores e nos reunimos aqui no show aéreo. Estamos animados por onde estamos”, disse Slattery.

O segmento de turboélices comerciais não recebe um produto realmente novo há mais de 30 anos. O último grande lançamento na categoria foi o ATR 72, introduzido em 1989 e que hoje lidera esse mercado com uma larga vantagem sobre o segundo colocado, o Dash 8.

Até agora, os fabricantes de aviões achavam difícil justificar o investimento estimado entre US$ 2 bilhões e US$ 4 bilhões necessário para desenvolver um novo turboélice comercial, apesar de sua eficiência comprovada em voos relativamente curtos.

O mercado de turboélices está estagnado, com cerca de 120 entregas por ano (contra mais de 1.000 jatos da Airbus e Boeing), e a demanda por esse tipo de aeronave depende dos preços dos combustíveis, com os turboélices substituindo pequenos jatos quando os valores estão altos.

Dona do mercado: os aviões da ATR detém mais de 80% de participação no segmento de turboélices comerciais (ATR)

Especialistas em viagens apontam que o nível de ruído mais elevado dos aviões turboélices também colabora para afastar alguns passageiros, embora outra parte da indústria já considere esse pensamento desatualizado.

Slattery disse que motores com novas tecnologias para reduzir o nível de ruído podem estimular a demanda por novos aviões turboélices. “Acreditamos que a oportunidade de mercado daqui para frente é significativamente diferente do que as últimas décadas mostraram.”

Como já havia dito anteriormente, o CEO da Embraer Aviação Comercial ressaltou que o desenvolvimento de um novo turboélice só é possível se houver a joint venture com a Boeing. A parceria entre as fabricantes na aviação comercial espera pela aprovação pela União Europeia, que deve apresentar seu parecer até o dia 30 de abril.

Questionado pela agência sobre o possível retorno da Embraer ao mercado dos turboélices, Stefano Bortoli, CEO da ATR, foi cauteloso em sua resposta.

“Quando a Embraer informar a decisão deles, você terá nossos comentários. Neste momento, estamos simplesmente comentando opiniões”, disse o chefe da ATR, empresa controlada pelos grupos Airbus e Leonardo.

O último turboélice comercial da Embraer foi o EMB-120 Brasília, que somou 354 unidades produzidas entre 1983 e 2003.

Veja mais: Itapemirim anuncia investimento de R$ 2 bi para criação de companhia aérea

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  1. A Embraer deve considerar este mercado de aviões turboélices, pois além de ter experiência na fabricação deste modelo, um novo modelo civil comercial poderia substituir os modelos mais antigos de outros fabricantes que estão em uso atualmente, bem como projetar modelos para trajetos menores e de trafego constante. Estes poderão ser utilizados em vários continentes, inclusive em países constituídos de várias ilhas, região do caribe, regiões de fronteiras entre países. Versões civil de combate a incêndio, carga, também poderiam ser estudadas, inclusive com rampa traseira. Para uso militar para pouso embarcado em navio aeródromo, versão naval multi missão, transporte de tropas/materiais, equipamentos, alerta antecipado, vigilância/patrulha, guerra anti-submarino, busca e salvamento poderia ser baseada na versão civil comercial. Há poucos fabricantes disputando o mercado civil e militar deste tipo de aeronave atualmente.

  2. Isso mostra por que o brasil é um pais de nanicos. A embraer foi entregue, a base de Alcântara tb falta entregar o porto de santos a a floresta amazonica as reservas do pré sal etc

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