Embraer prepara melhorias para os jatos E175 e E2

Fabricante não revelou detalhes, mas esperam-se aprimoramentos de conforto, conectividade e desempenho nas aeronaves comerciais. Anúncio deve ocorrer em Farnborough no mês que vem
Jato Embraer E175 e ao fundo um 737-900
Jato Embraer E175 e ao fundo um 737-900 (Next Trip Network)

A Embraer prepara uma série de aprimoramentos para seus jatos comerciais E175, E190-E2 e E195-E2 e que serão reveladas durante o Farnborough Airshow no fim de julho.

Em declarações durante o Media Day realizado no Brasil na semana passada, a fabricante adiantou algumas melhorias que serão introduzidas nas aeronaves.

Segundo o vice-presidente de marketing e estratégia, Rodrigo Silva e Souza, o E175 ganhará uma cabine principal aprimorada, com mais conectividade. A aeronave da primeira geração dos E-Jets também contará com novos aviônicos, segundo a Aviation Week.

Sobre a nova família E2, o executivo não foi tão claro, mas rumores recentes falam em melhorias no desempenho das aeronaves como um consumo menor. É um caminho já explorado pela Airbus no A220.

Jato E195-E2 da Embraer
Jato E195-E2 da Embraer

De fato, a KLM Cityhopper, uma das maiores operadoras do E195-E2 no mundo, revelou que sua frota consome 30% menos combustível por assento que o E195-E1, também presente em sua frota, uma prova da capacidade da aeronave.

Sozinho no mercado

O E175, jato comercial mais popular da empresa, voltou a ganhar atenção após as cláusulas de escopo entre as grandes companhias aéreas dos EUA e os sindicatos de pilotos não terem sido relaxadas.

Atualmente os braços regionais dessas empresas não podem voar com jatos com mais de 76 assentos e peso máximo decolagem acima de 86.000 libras (39.000 kg).

Cabine do E195-E2 da Royal Jordanian
Cabine do E195-E2 da Royal Jordanian (Embraer)

O limite impede que o E175-E2, uma aeronave maior e mais eficiente que a primeira geração, seja encomendada. Por isso a Embraer teve que suspender o desenvolvimento da variante até segunda ordem.

Por outro lado, o E175 encontra-se sozinho no mercado já que o concorrente CRJ, anteriormente produzido pela Bombardier, não é mais produzido.

Um rival que prometia oferecer um desempenho superior, o SpaceJet, acabou cancelado pela Mitsubishi após prejuízos de bilhões de dólares.

Com uma demanda crescente, movimentada pela necessidade de empresas norte-americanas aposentarem mais de 300 aeronaves de 76 lugares até 2030, a Embraer poderá angariar mais pedidos, bastando para isso promover pequenas mas importantes melhorias no E175.

Jato E175 da American Airlines
Jato E175 da American Airlines (Embraer)

E2 como complemento ao 737 e A320

A despeito de ter fechado apenas um pedido em 2024 até o momento, para a Mexicana de Aviación, a família E2 estaria recebendo muitas consultas de potenciais interessados.

A Embraer já diz há algum tempo que ao menos 200 aeronaves estão em discussões com companhias aéreas e arrendadores e que a disponibilidade de slots em sua linha de montagem é um grande ativo frente aos problemas de produção da Boeing e da Airbus.

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Segundo Silva e Souza, mais companhias aéreas estão avaliando a ideia de contar com uma aeronave menor que o Airbus A320 e o Boeing 737. Para elas a Embraer oferece a promessas de entregas já em 2026 ante a próxima década, no caso das duas maiores fabricantes de aviões comerciais.

O Farnborough Airshow será, sem dúvida, uma oportunidade para descobrir se o bom momento da Embraer se materializa em bons pedidos.

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  1. Sem dúvidas temos que aguardar a feira, porque falar até papagaio fala ne,e de promessas os santos estão cansados de ouvir…mas a Embraer tem sim a capacidade para tal …

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