Embraer quer produzir 12 jatos KC-390 por ano até 2030

Cargueiro militar multimissão tem conquistado novos pedidos, mas ainda depende de mais acordos para ocupar linha de montagem em Gaivão Peixoto
KC-390 da FAB
KC-390 da FAB

A Embraer pretende produzir um KC-390 Millennium por mês até 2030, afirmou Walter Pinto Júnior, chefe de operações (COO) da divisão de Defesa e Segurança.

A declaração foi dada ao jornal Folha de São Paulo na quarta-feira, 5, durante um evento para imprensa originalmente destinado a apresentar o primeiro caça Gripen que está sendo montado no país.

A Saab utiliza uma área nas instalações da Embraer em Gavião Peixoto (SP), onde também está a linha de montagem do cargueiro militar.

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Linha de montagem do C-390 em Gavião Peixoto (Saab)
Linha de montagem do C-390 em Gavião Peixoto (Saab)

Atualmente a Embraer possui capacidade para concluir seis C-390 por ano, mas ainda não atingiu tal meta. Apenas sete aeronaves foram entregues desde 2019, seis para o Brasil e uma para Portugal.

O primeiro de dois KC-390 Millennium da Hungria está prestes a ser oficialmente entregue, além de um segundo jato para Portugal e o sétimo e oitavo exemplares da Força Aérea Brasileira (FAB), que tem 19 pedidos firmes.

Há ainda 14 pedidos encaminhados para Holanda (5), Áustria (4), República Tcheca (2) e Coreia do Sul (3).

Com isso, os 40 pedidos encaminhados podem em tese ser entregues por volta de 2028 mesmo com um ritmo anual de seis aeronaves produzidas.

 C-390 da Hungria
O C-390 da Hungria pousa após primeiro voo (Embraer)

Acordos em compasso de espera

Após um 2023 com vários acordos fechados, a Embraer está chegando ao final do primeiro semestre ainda sem novos anúncios de venda do KC-390.

Há a expectativa, no entanto, para o fechamento de duas encomendas, a primeira do Uzbequistão, que já iniciou trâmites para o financiamento de dois C-390, e a Suécia, cuja força aérea está próxima de uma decisão sobre o substituto de seus C-130H.

Todos esses acordos envolvem um pequeno número de aeronaves, entretanto. Por outro lado, as duas maiores concorrências que a Embraer participa, na Arábia Saudita e Índia, estabelecem que o vencedor deverá ser fabricado em parceria com empresas locais.

Enquanto os sauditas podem fechar pedidos de até 33 aeronaves, os indianos avaliam um pacote entre 40 e 80 unidades.

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