Mais um protótipo do E190-E2 está no ar! O quarto e último modelo de ensaios da aeronave decolou na tarde da última sexta-feira (18), na fábrica da Embraer em São José dos Campos (SP). O jato número de série “20.004” será utilizado para testes específicos de interior, como avaliações de conforto e ruído e evacuação de cabine, necessários para obter a certificação comercial.
Os testes sobre o interior do E190-E2 é uma das últimas etapas no desenvolvimento do novo avião comercial fabricado no Brasil. A nova geração do jato da Embraer está programada para entrar em operação no primeiro semestre de 2018, com a companhia Widerøe, da Noruega.
“Em termos de campanha de certificação, a Embraer já realizou o congelamento da configuração aerodinâmica e concluiu vários testes, tais como a verificação da qualidade de voo, decolagem e aterrisagem curtas, desempenho em subida, determinação da tração em voo, estabilidade de trem de pouso e outros testes de sistemas. Em breve vamos avaliar a qualidade de voo em alta velocidade, executar testes de estabilidade aeroelástica, gelo natural e operações em baixa temperatura”, explica Luís Carlos Affonso, vice-presidente de operações da Embraer Aviação Comercial.
De acordo com a fabricante brasileira, a frota de testes, composta pelos três primeiros protótipos do E190-E2, já acumulou mais de 650 horas de voo até o momento. O desenvolvimento da nova família E-Jets 2 ainda vai exigir a produção de três modelos de teste do E175-E2 e dois para o E195-E2 – o primeiro foi apresentado recentemente.
E190-E2
O E190-E2 foi projetado para transportar entre 97 e 114 passageiros, mesmas capacidades sugeridas na série atual. A nova geração do jato comercial da Embraer, porém, com motores mais eficientes, pode ir mais longe: 5.185 km, contra 4.260 km do E190.
As dimensões da aeronave também mudaram na nova geração: o E190-E2 ficou mais alto (11 metros ante 10,5 m do E190) e ganhou mais 5 metros em envergadura de asas, chegando a 33,7 m. Já o comprimento da fuselagem foi mantido em 36,2 m.
Atualmente, a Embraer conta com uma carteira de pedidos para 275 pedidos firmes para os três modelos na nova família, além de 415 cartas de intenções e direitos de compra, somando um total de 690 compromissos com companhias aéreas e empresas de leasing.
Os E-Jets são os aviões comerciais mais vendidos do mundo na categoria para até 130 passageiros – é um segmento abaixo dos tradicionais Airbus A320 e Boeing 737. Desde 2002, a fabricante brasileira já fabricou mais de 1.300 aeronaves desse tipo.
Nota do editor: As imagens da cabine que aparecem acima são de um mockup do E190-E2, e não do interior do quarto protótipo do programa de testes. Esse a Embraer ainda não mostrou.
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Pergunta: qual é o destino final dos protótipos? O que será feito, por exemplo, com os quatro protótipos do E190-E2 após a obtensão das certificações?
acho que é descartado
Alguns são ainda usados para testes, a maioria são convertidos e vendidos para linhas aéreas e infelizmente outros descartados, como aconteceu com o EMB170 S/N 1e o EMB190 S/N 5.