A Embraer receberá R$ 120 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) pelos próximos três anos para investir em projetos de “plataformas demonstradoras de novas tecnologias aeronáuticas”. O acordo da fabricante com a Finep foi anunciado na última sexta-feira (5), em cerimônia na sede da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB), em São José dos Campos (SP), ocasião em que também foi celebrado os 30 anos da AIAB.
O projeto, avaliado em mais de R$ 180 milhões, utiliza recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), sendo a Finep o maior financiador. Os recursos complementares virão como contrapartida da Embraer, bem como de cinco coexecutores: Alltec, Equatorial, Eleb, Motora e TecCer.
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Conforme previsto no contrato, as equipes de desenvolvimento devem produzir bancadas de teste em solo, softwares e uma aeronave modular remotamente operada para testes de voo. O objetivo do é elevar o nível de maturidade das novas tecnologias empregadas nos demonstradores.
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— Embraer (@embraer) May 5, 2023
“Estamos muito felizes em dar continuidade à nossa longeva parceria com a Finep e poder contribuir com o avanço de tecnologias e transbordamento dos conhecimentos para outros setores da economia brasileira, avançar na agenda de descarbonização do planeta e gerar benefícios socioeconômicos ao Brasil, por meio da inovação, ciência e tecnologia”, disse Henrique Langenegger, Engenheiro-Chefe da Embraer.
“O projeto com a Embraer estabelece um tipo de arranjo, entre os executores, que oferece grande potencial de inovação, e é um modelo a ser seguido em várias áreas para solucionar encomendas tecnológicas lideradas por empresas âncora, e que envolvam parcerias com empresas de vários portes e Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs)”, afirmou o diretor de Inovação da Finep, Elias Ramos de Souza.
As ICTs que serão contratadas para acompanhar os projetos são o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Escola de Engenharia de São Carlos, que pertence à Universidade de São Paulo (USP).
Detalhes sobre quais tecnologias devem ser avaliadas ou como pode ser o formato da aeronave de teste ainda não foram divulgados. Mas, pelo perfil de atuação das empresas envolvidas com a Embraer no investimento, possivelmente deve se tratar de um veículo para pesquisas com motorização elétricas ou outros meios de baixa emissão poluente. O que será que vem por aí?