A Embraer reintegrou sua divisão comercial após um processo que levou 20 meses. A unidade havia sido seprarada do grupo após a empresa brasileira assinar um acordo de venda de para a Boeing em janeiro de 2019.
A gigante norte-americana e a Embraer haviam acertado a criação de uma nova empresa, a Boeing Brasil Commercial, com uma divisão de 80% e 20%, respectivamente. Mas em abril de 2020, a Boeing abandonou a joint venture acusando a parceira brasileira de não cumprir o estipulado.
A Embraer, por sua vez, afirmou que a Boeing havia fabricado pretextos para deixar de assumir o pagamento de US$ 4,2 bilhões pela divisão de aviação comercial. Desde então, as duas empresas estão discutindo na Justiça uma possível indenização à Embraer, que passou meses preparando a mudança.
Entre esses passos estava a criação de uma empresa provisória, a Yaborã Indústria Aeronáutica, que assumiu a divisão de aviões comerciais enquanto a Boeing Brasil Commercial não era viabilizada.
Segundo a Embraer, desde maio de 2020 (mês seguinte ao fim da parceria), a companhia passou a implementar uma “revisão do plano estratégico e da execução de iniciativas para o aproveitamento das competências e recuperação de sinergias, garantindo benefícios operacionais e eliminando ineficiências fiscais como uma gestão integrada, menos complexa e mais ágil pode oferecer”.
Com a conclusão da reintegração, a unidade de aviação comercial volta a estar diretamente ligada à estrutura da Embraer.
“Acreditamos que 2022 será um ano de crescimento e estamos bem preparados para aproveitar todo o potencial da companhia. Desta forma, o sucesso da reintegração do negócio da aviação comercial é mais um passo importante no processo de execução do nosso planejamento estratégico e deverá resultar em melhorias operacionais significativas e melhor rentabilidade”, disse Antonio Carlos Garcia, Vice-Presidente Executivo Financeiro e Relações com Investidores.