A Embraer tem apresentado de tempos em tempos atualizações sobre a evolução de sua família de aeronaves sustentáveis “Energia” e durante o show aére de Farnborough não foi diferente.
Após lançar o programa em 2021, a empresa brasileira fez alterações importantes e agora incluiu a tecnologia de propulsão por Turbina a Gás Hidrogênio/Combustível Duplo (GT/DF).
Ela consiste no uso de hidrogênio líquido (criogênico) e querosene ou SAF para estender a autonomia e servir de reserva técnica. A aeronave também poderá voar apenas com hidrogênio, ou seja, sendo 100% limpa.
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Além da novidade, a fabricante também avalia uma versão híbrido-elétrica, com motores térmicos de última geração e um motor elétrico de pequeno porte empregado para maximizar a eficiência em fases de decolagem e e taxiamento, e por célula de combustível, que elimina as emissões de poluentes.
Concorrente ecológico do turboélice ATR
A Embraer não tem se limitado apenas ao sistema de propulsão, mas também à concepção da fuselagem e de asas mais limpas sem o chamado “propwash”, que consiste em instalar hélices propulsoras na cauda da aeronave.
Além disso, estão sendo estudados novas possibilidade para projetos estruturais e de integração de sistemas.
Outro anúncio importante é a ampliação da capacidade de passageiros dos aviões Energia, que agora pode chegar a 50 assentos, ou seja, o mesmo porte do jato regional ERJ 145, que elevou a empresa a uma das maiores fabricantes de aviões comerciais do mundo.
Segundo a fabricante, foi uma conclusão a que chegou o Energia Advisory Group, comitê que reúne periodicamente um grupo de parceiros que inclui companhias aéreas, arrendadores, fornecedores e outros especialistas em aviação.
Uma aeronave ecológica com 50 assentos, maior do que o previsto anteriormente, potencializará as aplicações em rotas mais densas além de torná-la uma alternativa a turboélices como o ATR.
Ainda não há uma previsão clara sobre o cronograma de desenvolvimento da família Energia, mas a Embraer que esses aviões possam chegar ao mercado até 2045.
Parabéns. Desruptivo. Várias opções de eventuais motores, mas qual fabricante de motor iria se arriscar e investir sem uma tendência clara. Aí entra no ciclo negativo, ninguém se arrisca e estagna. A EMB Nidec deveria fazer um motor elétrico conectado ao eixo de saida do Super Tucano atual. A EMB ganha experiência em integração, e a FAB ganha uma opção silenciosa elétrica para algumas missões.