Embraer surpreende em Farnborough

Fabricante brasileira recebeu 300 pedidos por aeronaves comerciais no evento britânico; contratos podem render cerca de US$ 15 bilhões
A Embraer exibiu o E190-E2 em Farnborough com uma pintura especial (Embraer)
A Embraer já teria concluído as negociações preliminares com o governo indiano (Embraer)
A Embraer exibiu o E190-E2 em Farnborough com uma pintura especial (Embraer)
A Embraer exibiu o E190-E2 em Farnborough com uma pintura especial (Embraer)

A Embraer encerrou sua participação na 51° edição do Farnborough International Airshow, na Inglaterra, com um total de 300 aeronaves encomendas (entre pedidos firmes, intenções de compra e opções). Esse foi o segundo maior desempenho da fabricante em uma feira aeronáutica em seus quase 50 anos de história, com potencial para gerar uma receita de aproximadamente US$ 15 bilhões (cerca de R$ 60 bilhões). Tal resultado fica atrás apenas da performance da empresa no Paris Airshow de 2013, quando recebeu 365 pedidos.

O principal negócio anunciado pela Embraer foi o pedido da companhia americana Republic Airlines. A empresa regional, que já é o maior cliente da fabricante nos Estados Unidos, encomendou 100 jatos E175 mais 100 opções de compra, que podem ser convertidas para o novo E175-E2, menor modelo da nova família E2 que entra em operação a partir de 2021.

Outras companhias que firmaram acordos para adquirir aeronaves da Embraer (modelos E175, E190, E190-E2 e E195-E2) em Farnborough foram a Azul, United Airlines, Helvetic Airways, Mauritania Airlines, Watania Airways, Nordic Aviation Capital e outros dois clientes ainda não identificados.

Evento histórico

A edição deste ano do festival de Farnborough também registrou o segundo maior volume de encomendas de aeronaves na história de eventos deste tipo, com um total de 1.464 ordens de compra, intenções e opções de aquisição. Esse resultado fica atrás apenas do Paris Airshow de 2013, quando foram contabilizados 1.526 pedidos.

A empresa que recebeu mais pedidos durante o evento britânico foi a Boeing, com um total de 545 encomendas de aeronaves. Em seguida aparecem a Airbus (com 389 pedidos) e a Embraer (300). Outras fabricantes que também firmaram acordos durante a feira foram a Comac (20 aeronaves encomendas), ATR (8) e Bombardier (4) – lembrando que os jatos da linha CSeries, antes vendidos pela Bombardier, agora são oferecidos pela Airbus como A220.

O 737 MAX 8 tem capacidade para transportar até 175 passageiros (Boeing)
Os jatos da família 737 MAX foram os aviões mais pedidos na 51° edição do Farnborough Airshow (Boeing)

Os aviões mais pedidos durante o evento foram os modelos da nova família 737 MAX da Boeing, com um total de 461 encomendas, exatas 100 unidades a mais que o volume encomendado de jatos da série A320neo da Airbus.

Veja mais: Azul encomenda mais 21 jatos Embraer E195-E2

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  1. O que não dá pra entendereé uma empresa com este potencial; com uma carteira hipotética que seja, ser vendida por 4,75 bbiliões tendo estes nnúmerosem carteira mais eesta laçosmais corpo ttécnico. coisa de Golpistas!

  2. Boa matéria e bela notícia sobre a nossa Embr. A propósito, essas vendas devem impulsionadas ações da empresa. Tem um palpite sobre quando bem esse reflexo?

  3. Aqueles que estão questionando o valor negociado para a venda da aviação regional da empresa para a Boeing atentem para o fato de que receita (valor de venda) não é o mesmo que lucro. A empresa pode vender US$ 500 bilhões, tudo vai depender de quanto sobra. Hoje, a margem líquida da Embraer não chega a 5%. Ou seja, desses 15 bilhões hipotéticos, se confirmados, sobram, no final, no caixa da empresa, disponível para os acionistas, no máximo, US$ 750 milhões.

  4. Mais uma entrega despudorada do atual governo. A Embraer poderia seguir com seus próprios passos e dotar-se como a mais importante empresa do país no setor tecnológico. As vendas da Embraer superaram em muito a da Bombardier, sua principal concorrente, o que fatalmente a decolaria para um pulo maior. Porém, nosso governo praticamente deu de bandeja a empresa para a Boeing numa desfaçatez sem limites.

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