A Embraer confirmou nesta quinta-feira (3) que decidiu suspender o suporte técnico para suas aeronaves registradas da Rússia após a invasão de forças militares do país à Ucrânia na semana passada.
A decisão segue o mesmo entendimento da Boeing e Airbus que anunciaram o encerramento de qualquer atividade na nação chefiada por Vladimir Putin.
Segundo a empresa brasileira, estão suspensos os “serviços de peças, manutenção e suporte técnico para clientes afetados pelas sanções”.
“A Embraer está monitorando de perto a evolução da ação e vem cumprindo, e continuará cumprindo, as sanções internacionais impostas à Rússia e a certas regiões da Ucrânia”, acrescentou nota enviada à imprensa.
Ao contrário de Boeing e Airbus, a Embraer possui uma frota pequena de aeronaves voando na Rússia. Segundo registros do site Planespotters, existiriam 30 jatos operacionais, a maior parte deles com a companhia aérea S7, da Sibéria, que opera 17 E170.
Já a Ikar possui seis E190 enquanto outras empresas voam jatos ERJ e também Legacy de primeira geração. Não se sabe, contudo, quantos jatos executivos de pequeno e médio porte existem na Rússia.
A fabricante brasileira também tem um cliente importante na Bielorrússia, país vizinho ao conflito e que mantém laços com o regime de Putin e tem sido alvo de sanções do Ocidente. Trata-se da Belavia, principal empresa aérea do mercado e que voa com 12 E-Jets de primeira geração atualmente.
A Belavia, no entanto, foi uma das primeiras operadoras do E195-E2 no mundo, por meio de leasing junto à AerCap. Mas a companhia retirou os três jatos de serviço em meio a um processo legal contra a Embraer alegando problemas técnicos.
Os três E195-E2 chegaram a ser mantidos no Casaquistão antes de serem transferidos para a Espanha no final do ano passado, onde encontram-se armazenados.