A Embraer anunciou nesta sexta-feira (3) que entregou um total de 22 aeronaves no primeiro trimestre de 2019, sendo 11 jatos comerciais e 11 jatos executivos. Já a carteira de pedidos firmes (backlog) por aviões a entregar em 31 de março totalizava US$ 16 bilhões.
O resultado de entregas de aeronaves da Embraer nos primeiros três meses deste ano é 9% inferior ao registrado pela fabricante no mesmo período em 2018, quando entregou três aeronaves a mais (14 jatos comercias e 11 executivos). O valor da carteira de pedidos no primeiro trimestre no ano passado também era maior, de US$ 19,5 bilhões (queda de 3,5%).
Esse foi o pior primeiro trimestre da Embraer nos últimos 10 anos. No mesmo período em 2018, por exemplo, a fabricante entregou 25 aeronaves e acumulava uma carteira de pedidos avaliada em US$ 19,5 bilhões. Em 2009, a empresa entregou nos primeiros três meses daquele ano 40 aeronaves e acumulava um backlog avaliado US$ 16,6 bilhões.
Os aviões entregues pela Embraer no primeiro trimestre deste ano foram 11 unidades do E175 e um exemplar do modelo de nova geração E190-E2. Entre os executivos, a empresa entregou dois Phenom 100, seis Phenom 300, um Legacy 500 e um Legacy 650.
A carteira de pedidos firmes atual da Embraer inclui 359 aeronaves. O modelo mais pedido é o E175, jato que cobre uma importante fatia da aviação regional nos EUA. Embora esteja desenvolvendo o modelo E175-E2, a série da primeira geração ainda acumula 196 encomendas e opções de compra para mais 250 aparelhos. Em seguida vem os novos jatos E195-E2 (112 pedidos) e E190-E2 (41 pedidos)
Com poucos pedidos a entregar, os modelos E190 (sete encomendas) e E195 (três encomendas) devem se despedir em breve das linhas de montagem da Embraer e abrir espaço para os modelos da nova família E2. O E190-E2, com cinco unidade em operação, estreou na aviação comercial em abril de 2018, enquanto o E195-E2, certificado recentemente, está programado para estrear com a Azul no segundo semestre deste ano.
Segundo trimestre costuma ser melhor
Analisando os últimos 10 anos, os resultados da Embraer costumam ser melhores a partir do segundo trimestre, se mantém estáveis nos meses seguintes e em alguns casos voltam a subir novamente no final do ano, como aconteceu com a fabricante em 2018.
No ano passado, entre abril, maio e junho, a fabricante entregou mais 48 aeronaves e seguiu estável nos meses seguintes, voltando a subir no último trimestre e fechando o ano com um total de 181 entregas, sendo 69 aviões no último semestre.
O começo desta década foi o melhor momento da Embraer. Em 2010, a fabricante alcançou a marca histórica de 246 aeronaves entregues. Os bons resultados seguiram até 2016, quando a empresa entregou mais 226 aviões. Em 2017, o volume baixou para 110 unidades.
Conquistas da Embraer no primeiro trimestre
A Embraer começou ano marcando presença na África. A empresa entregou recentemente o primeiro E175 para a Mauritania Airlines, que estreia no continente africano. A fabricante ainda anunciou no início de abril um pedido firme de 10 jatos E195-E2 da Air Peace, maior companhia aérea da Nigéria.
Ainda no continente africano, a Nigéria em breve será mais um dos operadores do A-29 Super Tucano. O país na África Ocidental assinou um contrato com a Embraer Defesa & Segurança e sua parceira Sierra Nevada Corporation para uma encomenda de 12 aeronaves de combate.
Na aviação executiva, o Phenom 300 alcançou a marca de 500 unidades entregues em março, tornando-se o único jato de negócios a atingir esse volume nos últimos 10 anos. O modelo da Embraer ainda foi eleito pelo sétimo ano consecutivo o jato executivo leve mais vendido do mundo. Outras novidades da empresa no segmento é o início das vendas dos novos jatos Phenom 300E e Preator 600 para clientes do Brasil.
Além de pedidos por aviões, a Embraer também confirmou no primeiro semestre uma encomenda de barcos para a Marinha do Brasil. A empresa participa com as suas subsidiárias Embraer Defesa & Segurança e Atech do Consórcio Águas Azuis, formado com a thyssenkrupp Marine Systems, tradicional grupo alemão do ramo naval. O grupo vai desenvolver o Programa CCT (Corvetas Classe Tamandaré) que prevê a construção de quatro embarcações de defesa.
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