Embraer testa capacidade de decolagem em baixa velocidade do E190-E2

Novo jato comercial da Embraer está programado para estrear no primeiro semestre de 2018
O teste realizado pela Embraer serve para determinar a velocidade mínima de decolagem da aeronave (Embraer)
O teste realizado pela Embraer serve para determinar a velocidade mínima de decolagem da aeronave (Embraer)
O teste realizado pela Embraer serve para determinar a velocidade mínima de decolagem da aeronave (Embraer)
O teste realizado pela Embraer serve para determinar a velocidade mínima de decolagem do avião (Embraer)

A Embraer realizou no início deste mês um emocionante teste com um dos protótipos do novo jato E190-E2, o modelo batizado como “Ozires Silva”, em homenagem ao fundador da empresa. O ensaio, realizado na instalação do grupo em Gavião Peixoto (SP), serviu para determinar a velocidade mínima de decolagem (Vmu) da aeronave.

Nesse teste o avião acelera pela pista até alcançar seu ângulo máximo de ataque seguro antes de alçar voo. A cauda da aeronave entra em contato com a pista e, de acordo com a fabricante, a velocidade do ar é medida exatamente quando ela decola.

Para evitar um “tailstrike” (impacto na cauda) e danos na fuselagem, o E190-E2 de teste decolou equipado com um dispositivo de segurança que toca a pista (e solta faísca!) quando a aeronave atinge o ângulo de ataque máximo durante o procedimento de decolagem em velocidade mínima.

A Embraer explica que a Vmu ajuda a determinar as velocidades críticas de decolagem e a distância mínima necessária para a aeronave decolar. “A aeronave de teste demonstrou características de manipulação excepcionais em AOAs (ângulos de ataque elevados) e é extremamente controlável, mesmo em baixas velocidades”, informou a fabricante.

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O dispositivo usado para não danificar a aeronave é uma espécie de amortecedor de impacto (Embraer)
O dispositivo usado para não danificar a aeronave é uma espécie de amortecedor de impacto (Embraer)

Contagem regressiva para estreia

Avião comercial mais avançado já desenvolvido no Brasil, com comandos de voo 100% computadorizados (full fly-by-wire) e motores de baixo consumo, o E190-E2 será o modelo de estreia da nova família de aeronaves E-Jets 2, que ainda contempla as séries E175-E2 e E195-E2.

O primeiro voo do modelo de nova geração foi realizado em maio de 2016. O programa de desenvolvimento e certificação, que envolve diversos testes, como resistência do avião a raios e gelo, e ensaios com pista molhada, vem sendo executado com quatro protótipos.

O Embraer E190-E2 será o primeiro avião com motores a jato da Widerøe (Divulgação)
O Embraer E190-E2 será o primeiro avião com motores a jato da Widerøe (Divulgação)

Conforme já anunciado pela Embraer, o primeiro E190-E2 está programado para ser entregue em abril de 2018. O cliente-lançador do novo jato brasileiro é a companhia Widerøe, da Noruega.

A Embraer tem mais de 80 pedidos pelo E190-E2. Outras companhias que confirmam encomendas pelo novo jato são a Tianjin Airlines, da China, e a Kalstan Aviation, da Indonésia, além dos grupos de arrendamento de aeronaves ILFC e Aircastle, ambos dos Estados Unidos.

Veja mais: Embraer avança em ranking global de empresas militares

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  1. Gostaria de saber se a Embraer tem projetos futuros para aviões de grande porte, para competir com os A330/380 ou Boeing 767/777.

  2. Que susto! Entendi que o E2 seria o primeiro avião a jato com motores fabricados por uma empresa chamada Wideroe. 🙂

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