A Embraer confirmou a participação no Airshow China 2024, na cidade de Zhuhai, e que é a maior exibição do gênero no país.
Criada em 2003, a feira contou com a presença da empresa brasileira em todas as suas edições, mas a Embraer passa por um momento desafiador em relação ao mercado chinês.
Após um período em que empresas aéreas do país adquiriram seus jatos comerciais e executivos e até uma linha de montagem foi estabelecida em parceria com a Harbin entre 2004 e 2016, a Embraer tem encontrado dificuldades de fechar novos acordos na China.
Embora tenha obtido a certificação de tipo dos modelos E190-E2 e E195-E2 junto à CAAC, a fabricante ainda não tem qualquer pedido chinês.
O argumento da Embraer, no entanto, é bastante forte afinal nem o C909 (antigo ARJ21) nem o C919 competem diretamente com o E195-E2 em capacidade de assentos.
Os dois jatos comerciais são produzidos pela estatal COMAC e têm sido priorizados na China.
Mas fechar pedidos na China significa na maior parte dos casos lidar com o governo do país, que controla a maior parte das companhias aéreas.
Fornecedores alternativos
Novamente, a Embraer fará a apresentação do seu Market Outlook, que traz as perspectivas para o mercado de aviação comercial e carga aérea na China.
E como é tradicional, a companhia brasileira mostrará a demanda potencial de suas aeronaves no país, incluindo os cargueiros E190F e E195F, baseados em conversões a partir de jatos regionais.
Mas se encontrar clientes tem sido difícil, a Embraer promete tentar uma outra aproximação em relação à China, a de encontrar novos fornecedores para seus projetos.
Como reconheceu o CEO da empresa, Francisco Gomes Neto, em entrevista na semana passada, os gargalos na cadeia de suprimentos têm afetado as entregas de seus aviões, sobretudo os E2.
Se por um lado os motores GTF, da Pratt & Whitney, são o principal motivo os atrasos, há também problemas com partes estruturais, disse o executivo.
Portanto, uma possível colaboração com empresas chinesas poderia criar uma alternativa de suprimento e, quem sabe, abrir as portas para pedidos do enorme mercado de aviação do país. A ver.
Tem que tentar. Não é fácil vender produto tecnológico acabado na China, pois tudo tem que ter o aval do Governo. E fazer joint ventures na China é péssima ideia, eles aprendem rápido, constrói uma fábrica de um produto similar e paralisam suas vendas até vc sair do mercado. Melhor focar na Índia, Filipinas, Indonésia, etc..
A China só quis absorver a tecnologia da Embraer para desenvolver seus próprios produtos, agora pé no rabo da Embraer!
a China só compra esse tipo de produto para fazer engenharia reversa, copiar a tecnologia e colocar um competidor mais barato no mercado. vão fazer com o erj145 o mesmo que fizeram com o 737 que virou comac e a Embraer vai dar com os burros n’agua