Embraer volta a considerar avião ecológico de 50 lugares em projeto “Energia”

Fabricante havia anunciado foco em modelos híbridos-elétricos de 9 e 30 assentos, mas incluiu versão maior a pedido de potenciais interessados
Energia Hydrid Electric: avião com motorização híbrida pode chegar ao mercado na próxima década (Embraer)

A Embraer parece ainda um tanto indecisa quanto ao formato do Programa Energia, de aeronaves de tecnologia sustentável. O projeto, lançando no final de 2021, passou por uma revisão de escopo um ano depois e agora teve mais uma atualização, segundo declarações de seus executivos à Flight Global.

Segundo Rodrigo Silva e Souza, vice-presidente de Vendas e Marketing da Embraer Aviação Comercial, a família Energia contará com uma versão com 50 lugares, além dos modelos de nove e 30 assentos anunciados em dezembro de 2022.

O motivo, segundo ele, foi um pedido de potenciais clientes que querem “aviões maiores”. A mudança em favor de aeronave com maior capacidade vai em linha com a atualização de outro projeto semelhante, da start-up sueca Heart, que trocou o modelo ES-19 pelo ES-30 (30 assentos).

Primeiros aviões da família Energia da Embraer podem chegar ao mercado na década de 2030 (Embraer)

A Embraer já havia sugerido um avião com 50 assentos logo no lançamento do programa, mas decidiu focar em duas versões, com propulsão híbrido-elétrica e elétrica a célula de combustível.

Seus executivos admitem que ainda estão tentando entender em quais situações as aeronaves poderão ser empregadas. A empresa trabalha com o início de serviço da versão híbrido-elétrica em 2030, e da versão movida a célula de combustível em 2035.

Turboélice no passado?

Na conversa com o site, a Embraer afirmou que as atualizações do projeto serão apresentadas ao Conselho da empresa ainda em novembro, quando novidades serão divulgadas.

Sobre o projeto do turboélice de próxima geração, a Embraer deu a entender de que a aeronave teria sido cancelada.

Concepção artística do turboélice de última geração da Embraer (Divulgação)
Concepção artística do turboélice de última geração da Embraer (Divulgação)

Arjan Meijer, CEO da Aviação Comercial, explicou que a empresa divulgou a ideia de colocar o modelo de 70 a 100 lugares no mercado até o final da década para sentir qual seria o retorno dos clientes.

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A falta de motores avançados, no entanto, foi apontada como decisiva para o congelamento do programa. Pode ter pesado também a fase de transição que a indústria passa em favor de tecnologias mais ecológicas e que poderiam tornar a aeronave obsoleta em pouco tempo.

Ainda segundo Meijer, agora a Embraer está focada em trazer “soluções verdadeiramente verdes” para o mercado com a família Energia.

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  1. E bom que a Embraer fique esperta ao cancelar o projeto desse tirboeluce ao deixar uma lacuna no mercado para aeronaves de 70 a 90 lugares. A concorrência não vai perdoar.

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